BARBARA
EWING NO
FILME "DRÁCULA
O PERFIL DO
DIABO", COM
SIR
CHRISTOPHER
LEE:






DRÁCULA O
PRINCÍPE DAS
TREVAS -
1966:



































Dracula:
Prince of
Darkness
Hammer Films
Diretor:
Terencer
Filsher
Sir
Christopher
Lee (1922 -
2015) -
Barbara
Shelley -
Andrew Keir
(1926-1997)
16072020 -
MITOS:
INGRID PITT:


17062020 -
KARYN KUSAMA
FALA SOBRE O NOVO DRÁCULA:
Karyn Kusama,
diretora do
Corpo de
Jennifer,
The
Invitation,
and
Destroyer,
deve
levantar
Drácula de
seu túmulo
mofado para
Blumhouse, e
vale a pena
ficar
animado.
Claro,
existem
incontáveis
filmes
sobre a
contagem de
sugadores de
sangue de
Bram Stoker,
mas Kusama é
um diretor
único e
empolgante
para lidar
com esse
material. E
em uma
entrevista
recente, o
cineasta
deixa claro
que não
seguirá a
mesma velha
abordagem da
história.
Estou
apaixonado
pelo
trabalho de
Karyn Kusama
desde que
fiquei
impressionado
com The
Invitation,
um thriller
estressante
que nunca
deixa de
aparecer do
começo ao
fim. Kusama
seguiu isso
com o
destruidor
criminal
subestimado
e, antes
disso, ela
dirigiu o
igualmente
subestimado
corpo de
Jennifer
(ela também
dirigiu o
filme Aeon
Flux, mas
não vamos
nos desviar
disso).
Agora, o
diretor está
pronto para
adaptar
Drácula para
Blumhouse, e
eu não
poderia
estar mais
animado.
Durante uma
entrevista
com o
Kingcast
(via Bloody
Nojento),
Kusama
revelou
algumas
dicas sobre
sua opinião
sobre
Drácula,
chamando-o
de "uma
adaptação
bastante
fiel do
romance de
Bram Stoker"
e
acrescentando:
“Acho que
algo que foi
esquecido
nas
adaptações
de Drácula
no passado é
a ideia de
múltiplas
vozes. De
fato, o
livro está
cheio de
diferentes
pontos de
vista. E o
único ponto
de vista ao
qual não
temos
acesso, e a
maioria das
adaptações,
é o próprio
Drácula.
Então, eu
diria que,
de algum
modo, essa
adaptação
será chamada
Drácula, mas
talvez não
seja o mesmo
tipo de
herói
romântico
que vimos no
passado ...
nas
interpretações
passadas de
Drácula. ”
Acredite ou
não, mesmo
que haja
aproximadamente
dez bilhões
de
adaptações
de Drácula,
quase
nenhuma
delas se
apega ao
material de
origem de
Bram Stoker.
O filme que
mais se
aproxima é o
elegante
Drácula de
Francis Ford
Coppola,
Bram Stoker,
mas mesmo
isso muda as
coisas ao
fazer do
velho Drac
uma figura
trágica e
romântica.
De fato,
praticamente
todos os
filmes de
Drácula
transformam
a contagem
de vampiros
em um tipo
de
personagem
de romance
gótico e
sexy, mas
esse não é o
caso no
romance de
Bram Stoker.
De fato, o
livro de
Stoker
mantém
Drácula
principalmente
em segundo
plano.
Exceto nos
capítulos de
abertura,
onde
Jonathan
Harker está
preso no
castelo de
Drácula,
Drácula
aparece
apenas
fugazmente
no romance
e, quando
ele aparece,
não é
romântico -
é puro mal.
Parece que
Kusama é
fiel a isso,
e isso
certamente
fará com que
Drácula se
destaque da
manada.
07062020 -
ESTE FILME
PODERIA
BOM...VAMOS
ESPERAR:

Oos fãs de
terror de
todo o mundo
ficaram
animados em
março
passado,
quando
Blumhouse
anunciou,
logo após o
sucesso de
The
Invisible
Man, que um
novo filme
de Drácula
do diretor
Karyn Kusama
estaria
entre seus
próximos
projetos de
terror.
Embora tenha
havido
dezenas de
filmes de
Drácula ao
longo dos
anos, a
perspectiva
de Kusama -
cujos
créditos de
terror do
passado
incluem os
filmes de
Jennifer e O
Convite -
assumir o
lendário
vampiro
tornou o
anúncio
particularmente
intrigante .
Agora,
Kusama
ofereceu
algumas
dicas sobre
o que
podemos
esperar dela
sobre o
material.
As melhores
e piores e
mais
estranhas
adaptações
de Dracula
Lucy
Westenra de
Bram Stoker's
Dracula. Por
que tantas
adaptações
de Dracula
atrapalham
Lucy
Westenra?
Kusama foi
convidada do
podcast The
Kingcast, de
Stephen
King, nesta
semana, para
falar sobre
o romance de
estréia de
King, Carrie,
e a
subsequente
adaptação
cinematográfica
de Brian De
Palma, que
ela
considera
fundamental
em sua
formação
como fã de
terror e
contadora de
histórias.
Embora a
maior parte
do episódio
tenha sido
dedicada a
todas as
coisas de
Carrie (com
um pouco de
lado sobre o
corpo de
Jennifer e
como as
histórias se
relacionam),
os
anfitriões
Eric Vespe e
Scott
Wampler não
podiam
deixar
Kusama ir
sem ao menos
tentar
conseguir um
pouco de
Drácula.
informações
dela.
A princípio,
Kusama
apenas
ofereceu que
seu filme,
que está
sendo
escrito por
Matt
Manfredi e
Phil Hay,
colaboradores
de The
Invitation,
será "uma
adaptação
bastante
fiel do
romance de
Bram Stoker".
Quando
perguntado
se isso
significava
que o filme
se apoiaria
fortemente
nos
elementos
epistolares
do livro, em
particular
nas
anotações do
diário
oferecidas
por vários
personagens,
Kusama
esclareceu.
"Não é tanto
isso, mas
está usando
a idéia de,
acho que
algo que foi
esquecido
nas
adaptações
de Drácula
no passado,
é a idéia de
várias
vozes",
disse Kusama.
"De fato, o
livro está
cheio de
diferentes
pontos de
vista, e o
único ponto
de vista ao
qual não
temos
acesso, e a
maioria das
adaptações
dá acesso, é
o próprio
Drácula.
Então, eu
diria
apenas, de
algum modo,
isso será
uma
adaptação
chamada
Drácula, mas
talvez não
seja o mesmo
tipo de
herói
romântico
que vimos em
interpretações
passadas de
Drácula. "
Enquanto
alguns
filmes, como
o Drácula de
Bram Stoker,
de Francis
Ford Coppola,
usaram o
formato
epistolar do
livro com
grande
efeito,
Kusama faz
um ponto
interessante
sobre o modo
como a
maioria das
adaptações
de Drácula é
feita. O
próprio ato
de encontrar
o Conde
Drácula em
primeiro
lugar é
apresentado
como um
grande
momento
operístico
de
admiração, e
Drácula é
frequentemente
apresentado
como uma
figura
impossivelmente
arrojada,
mesmo quando
os
personagens
ao seu redor
começam a
tomar
consciência
de sua
verdadeira
verdade.
No romance
de Stoker,
mais ênfase
é colocada
em vários
personagens
que chegam a
um acordo
com os
eventos
estranhos um
pouco mais
lentamente,
e devido às
diferentes
perspectivas,
o leitor
muitas vezes
não consegue
ver Drácula
no ato de
beber e
seduzir
sangue. Nós
vemos apenas
as
consequências.
Será
interessante
ver como
Kusama
trabalha com
esse
elemento da
história, e
talvez ainda
mais
interessante
ver como ela
cumpre sua
promessa de
uma versão
menos
romantizada
do próprio
Drácula.
Drácula de
Kusama está
em
desenvolvimento,
mas ainda
não tem uma
data de
lançamento.
27052020 - O
DIA MUNDIAL
DE DRÁCULA:

1897 é um
ano
importante
para essas
partes. Não
foi apenas o
cenário para
o pico
popular e
criativo de
Dark Shadows,
mas também o
ano em que
Drácula de
Bram Stoker
alcançou os
leitores.
Não foi o
primeiro
romance de
vampiro, mas
resistiu ao
teste do
tempo e
provou ser o
mais
importante
do gênero.
Toda
história de
vampiro
desde então
teve que se
definir
contra o
romance de
Stoker ...
não importa
as intenções
do autor.
Drácula foi
lançado
neste dia em
1897, que já
foi
reconhecido
como o Dia
Mundial de
Drácula.
Mesmo
sabendo que
existem
livros
objetivamente
melhores por
aí (como
Frankenstein,
de Mary
Shelley),
esse é o meu
favorito
desde que me
lembro. Como
personagem,
Drácula
provou ser
infinitamente
maleável,
transformando-se
em várias
identidades
nos últimos
120 anos.
Drácula se
tornou o
Jerry
Cornelius
dos
sugadores de
sangue desde
que caiu em
domínio
público,
assumindo
vários nomes
e rostos
enquanto se
espalhava
viralmente
pela mídia.
Drácula
lutou com
Billy the
Kid, cruzou
a cabeça com
The X-Men e
adotou
pseudônimos
como Johnny
Alucard,
Vladislav
the Poker,
Jerry
Dandrige e
sim ...
Barnabas
Collins.
Haverá
histórias de
Drácula
muito tempo
depois que
todos
partirmos.
22052010:




O0704202021 -
CAROLINE
MUNRO SOFREU
NO FILME "DRÁCULA
NO MUNDO DA
MINISSAIA:

10802019 -
CENA DE "SCARS
OF DRACULA",
NÃO VISTA
NOS CINEMAS
E VÍDEOS:

11052019 -
NOVA EDIÇAO
DE "DRACULA
O PRINCIPE
DAS TREVAS":

10042019:




25122018:





27102018:

FOTOS
23102018:






25072018 -
FOTOS:




01062018 -
Dacre Stoker,
Bisneto de
Bram Stoker,
e o busto do
Bram Stoker.
Dacre
escreveu,
junto com o
escrito Ian Holt, o
fantástico
livro "DRACULA
O
MORTO-VIVO":



01042018:
01042018 - O
SANGUE DE
DRACULA:






14122017 -
FOTOS:



19102017 -
SLEEPWALKERS:

Brian Krause
e Alice
Krige
estrelam
este
aterrorizante
conto de
vampiros À
caça de
jovens
garotas.
Mädchen
Amick é a
virgem
sexualmente
curiosa que
se apaixona
pelo novo
rapaz da
escola
(Brian
Krause),
apenas para
aprender
muito tarde
que ele é um
sonâmbulo
devorador de
carne
humana. A
mutação
transforma o
garoto
encantador
num monstro
selvagem,
ques e
aproxima da
garota para
atacar sua
sedutora
mãe. Com a
crescente
tensão (e
vítimas
aumentando),
é inevitável
o confronto
mortal entre
as criaturas
assassinas
da noite e
os
atemorizados
cidadãos.
Com
aparições
especiais de
Stephen King
e Clive
Barker,
Sonâmbulos,
de Stephen
King é sexy,
inteligente
e
horripilantemente
assustador.

17102017 - A
HISTÓRIA DE
ELIZABETH BATHORY:

A Condessa
Elizabeth
Bathory (Erzsebet
Báthory, do
original),
foi uma das
mulheres
mais
perversas e
sanguinárias
que a
humanidade
já conheceu.
Os relatos
sobre ela
ultrapassam
a fronteira
da lenda e a
rotulam
através dos
tempos como
A Condessa
de Sangue.
Nascida em
1560, filha
de pais de
famílias
aristocráticas
da Hungria,
Elizabeth
cresceu numa
época em que
as forças
turcas
conquistaram
a maior
parte do
território
Húngaro,
sendo campo
de batalhas
entre
Turquia e
Áustria.
Vários
autores
consideram
esse o
grande
motivo de
todo o seu
sadismo, já
que conviveu
com todo o
tipo de
atrocidades
quando
criança,
vendo
inclusive
suas irmãs
sendo
violentadas
e mortas por
rebeldes em
um ataque ao
seu castelo.
Ainda
durante sua
infância,
ficou
sujeita à
doenças
repentinas
acompanhadas
por uma
intensa ira
e
comportamento
incontrolável,
além de
ataques
epiléticos.
Teve uma
ótima
educação,
inclusive
sendo
excepcional
pela sua
inteligência.
Falava
fluentemente
húngaro,
latim e
alemão.
Embora capaz
de cometer
todo tipo de
atrocidade,
ela tinha
pleno
controle de
suas
faculdades
mentais.
Aos 14 anos
engravidou
de um
camponês, e
como estava
noiva do
Conde Ferenc
Nadasdy,
fugiu para
não
complicar o
casamento
futuro; que
ocorreu em
maio de
1575. Seu
marido era
um oficial
do exército
que, dentre
os turcos,
ganhou fama
de ser
cruel. Nos
raros
momentos em
que não se
encontrava
em campanha
de batalha,
ensinava a
Elizabeth
algumas
torturas em
seus criados
indisciplinados,
mas não
tinha
conhecimentos
da matança
que
acontecia na
sua ausência
por ação de
sua amada
esposa.
Quando
adulta,
Elizabeth
tornou-se
uma das mais
belas
aristocratas.
Quem em sua
presença se
encontrava,
não podia
imaginar que
por trás
daquela
atraente
mulher,
havia um
mórbido
prazer em
ver o
sofrimento
alheio. Num
período em
que o
comportamento
cruel e
arbitrário
dos que
mantinham o
poder para
com os
criados era
algo comum,
o nível de
crueldade de
Elizabeth
era notório.
Ela não
apenas punia
os que
infringiam
seus
regulamentos,
como também
encontrava
motivos para
aplicar
punições e
se deleitava
na tortura e
na morte de
suas
vítimas;
muito além
do que seus
contemporâneos
poderiam
aceitar.
Elizabeth
enfiava
agulhas
embaixo das
unhas de
seus
criados.
Certa vez,
num acesso
de raiva,
chegou a
abrir a
mandíbula de
uma serva
até que os
cantos da
boca se
rasgassem.
Ganhou a
fama de ser
"vampira"
por morder e
dilacerar a
carne de
suas
criadas. Há
relatos de
que numa
certa
ocasião, uma
de suas
criadas
puxou seu
cabelo
acidentalmente
aos
escová-los.
Tomada por
uma ira
incontrolável,
Bathory a
espancou até
a morte.
Dessa forma,
ao espirrar
o sangue em
sua mão, se
encantou em
vê-lo
clarear sua
pele depois
de seco. Daí
vem a lenda
de que a
Condessa se
banhava em
sangue para
permanecer
jovem
eternamente.
Acompanhando
a Condessa
nestas ações
macabras,
estavam um
servo
chamado
apenas de
Ficzko,
Helena Jo, a
ama dos seus
filhos,
Dorothea
Szentos
(também
chamada de
Dorka) e
Katarina
Beneczky,
uma
lavadeira
que a
Condessa
acolheu mais
tarde na sua
sanguinária
carreira.
Nos
primeiros
dez anos,
Elizabeth e
Ferenc não
tiveram
filhos pela
constante
ausência do
Conde. Por
volta de
1585,
Elizabeth
deu à luz
uma menina
que chamou
de Anna. Nos
nove anos
seguintes,
deu à luz a
Ursula e
Katherina.
Em 1598,
nasceu o seu
primeiro
filho, Paul.
A julgar
pelas cartas
que escreveu
aos
parentes,
Elizabeth
era uma boa
mãe e
esposa, o
que não era
de
surpreender;
visto que os
nobres
costumavam
tratar a sua
família
imediata de
maneira
muito
diferente
dos criados
mais baixos
e classes de
camponeses.
Um dos
divertimentos
que
Elizabeth
cultivava
durante a
ausência do
conde, era
visitar a
sua tia
Klara
Bathory.
Bissexual
assumida e
muito rica e
poderosa,
Klara tinha
sempre
muitas moças
disponíveis
para ambas
"brincarem".
Em 1604 seu
marido
morreu e ela
se mudou
para Viena.
Desse ponto
em diante,
conta a
história que
seus atos
tornaram-se
cada vez
mais
pavorosos e
depravados.
Arranjou uma
parceira
para suas
atividades,
uma
misteriosa
mulher de
nome Anna
Darvulia
(suposta
amante), que
lhe ensinou
novas
técnicas de
torturas e
se tornou
ativa nos
sádicos
banhos de
sangue.
Durante o
inverno, a
Condessa
jogava suas
criadas na
neve e as
banhava com
água fria,
congelando-as
até a morte.
Na versão da
tortura para
o verão,
deixava a
vítima
amarrada
banhada em
mel, para os
insetos
devorarem-na
viva.
Marcava as
criadas mais
indisciplinadas
com ferro
quente no
rosto ou em
lugares
sensíveis, e
chegou a
incendiar os
pêlos
pubianos de
algumas
delas. Em
seu porão,
mandou fazer
uma jaula
onde a
vítima fosse
torturada
pouco a
pouco,
erguendo-a
de encontro
a estacas
afiadas.
Gostava dos
gritos de
desespero e
sentia mais
prazer
quando o
sangue
banhava todo
seu rosto e
roupas,
tendo que ir
limpar-se
para
continuar o
ato.
Quando a
saúde de
Darvulia
piorou em
1609 e não
mais
continuou
como
cúmplice,
Elizabeth
começou a
cometer
muitos
deslizes.
Deixava
corpos aos
arredores de
sua moradia,
chamando
atenção dos
moradores e
autoridades.
Com sua
fama,
nenhuma
criada
queria lhe
servir e ela
não mais
limitou seus
ataques às
suas servas,
chegando a
matar uma
jovem moça
da nobreza e
encobrir o
fato
alegando
suicídio.
As
investigações
sobre os
assassinatos
cometidos
pela
Condessa
começaram em
1610. Foi
uma
excelente
oportunidade
para a Coroa
que, há
algum tempo,
tinha a
intenção de
confiscar as
terras por
motivos de
dívida de
seu finado
marido.
Assim, em
dezembro de
1610 foi
presa e
julgada. Em
janeiro do
ano seguinte
foi
apresentada
como prova,
anotações
escritas por
Elizabeth,
onde contava
com
aproximadamente
650 nomes de
vítimas
mortas pela
acusada.
Seus
cúmplices
foram
condenados à
morte e a
Condessa de
Bathory à
prisão
perpétua.
Foi presa
num aposento
em seu
próprio
castelo, do
qual não
havia portas
nem janelas,
só uma
pequena
abertura
para
passagem de
ar e comida.
Ficou presa
até sua
morte em 21
de agosto de
1614. Foi
sepultada
nas terras
de Bathory,
em Ecsed. O
seu corpo
deveria ter
sido
enterrado na
igreja da
cidade de
Csejthe, mas
os
habitantes
acharam
repugnante a
idéia de ter
a "Infame
Senhora"
sepultada na
cidade.
Até hoje, o
nome
Erzsebet
Báthory é
sinônimo de
beleza e
maldade para
os povos de
toda a
Europa.
21042017 -
SERÁ LANÇADO
UM BOX COM
TODOS OS
FILMES DE
CHRISTOPHER
LEE COMO
DRACULA: 7
FILMES DA
HAMMER + 2
FILMES. O
PROBLEMA É A
DISTRIBUIDORA
TÊM MUITO
DEFEITOS NOS
DVDs. MAS
VAMOS
AGUARDAR.

06022017:

01102016 -
SIR
CHRISTOPHER
LEE:







30102016 - BRAM STOKER:







30102016 - O
GRANDE FRANK LANGELLA:

0102016 -
UM BOX DE
BLU-RAY ESTÁ
A VENDA:

01072016 - VAMPIROS DE SALEM:
AVALIAÇÃO: 3,5

Quando
pequeno, Ben Mears se viu apanhado no meio dos horrores
escondidos na mansão Marsten, localizada em sua cidade
natal, Jerusalem’s Lot. Agora adulto e um escritor, Ben
resolve voltar a sua cidade para escrever um livro sobre a
mansão, e ao mesmo tempo superar seus antigos medos. Só que
Ben mal desconfia que as assombrações da mansão Marsten
serão os menores de seus problemas, quando ele descobrir que
a casa tem novos estranhos e curiosos inquilinos: dois
vampiros. Cabe a Ben, o padre da cidade, um menino viciado
em filmes de terror, e mais alguns amigos pôr fim a essas
aberrações que ameaçam beber cada gota de sangue de ‘Salem’s
Lot.
1072016 - VAMPIROS DO CINEMA:
AVALIAÇÃO:

A
Versátil apresenta “Vampiros no Cinema”, digistack com 2
DVDs que reúne 4 clássicos filmes de vampiro, todos em
versões restauradas, além de mais de duas horas de extras,
incluindo documentários e depoimento de Guillermo Del Toro.
DISCO 1
“Nosferatu” (“Nosferatu, eine Symphonie des Grauens”,
1922, 96 min.)
De F. W. Murnau. Com Max Schreck, Greta Schröder.
Marco do Expressionismo Alemão, “Nosferatu” foi a primeira
adaptação de “Drácula”, de Bram Stoker. A obra-prima de
Murnau é apresentada em inédita versão restaurada,
acompanhada de um excelente documentário sobre a produção.
“Cronos” (Idem, 1993, 92 min.)
De Guillermo Del Toro. Com Federico Luppi, Ron Perlman e
Claudio Brook.
Um alquimista cria um dispositivo que proporciona vida
eterna, mas, após 400 anos, morre num acidente e o
dispositivo desaparece. Obra de estreia de Guillermo Del
Toro, “Cronos” é um filme de vampiro sombrio e muito
original.
DISCO 2
“Quando Chega a Escuridão” (“Near Dark”, 1987, 94 min.)
De Kathryn Bigelow. Com Jenny Wright, Lance Henriksen e Bill
Paxton.
Após ser mordido por uma garota, o filho de um fazendeiro
entra para um grupo de vampiros que viaja pelos EUA atrás de
sangue fresco. Com ótima direção de Kathryn Bigelow (“Guerra
ao Terror”), esse faroeste vampiresco é uma obra-prima do
gênero.
“A Noite dos Demônios” (“La Notte dei Diavoli”, 1972, 93
min.)
De Giorgio Ferroni. Com Gianni Garko e Agostina Belli.
Um homem é encontrado na floresta. Levado a um hospício,
ele relembra seu encontro com uma família amaldiçoada.
Brilhante adaptação do conto que deu origem ao episódio “O
Wurdalak” de “As Três Máscaras do Terror”, de Mario Bava.
28-04-2016 - AMANTES ETERNOS:
AVALIAÇÃO: 4,3

De
cara, o cineasta acerta no elenco. Não dá pra ficar melhor
que Tom Hiddleston e Tilda Swinton como Adão e Eva, os
vampiros originais. Ao seu lado, John Hurt, Mia Wasikowska,
Anton Yelchin e Jeffrey Wright.
O filme acompanha a existência solitária do casal de
vampiros que, separado por um oceano, limita-se a esconder
sua existência das pessoas, desfrutar da arte humana e
trocar juras de amor infinito pela internet.
Jarmusch, que também roteirizou o filme, tem uma visão
curiosa sobre os imortais, mais focada em entender o que
aconteceria com pessoas que realmente vivessem tanto tempo -
e tivessem conhecido algumas das maiores mentes da
humanidade. Fica de lado todo o suspense inerente aos
vampiros, que é substituído pelo fascínio com a ideia de que
tais seres ancestrais talvez conheçam todas as línguas,
todas as culturas e sejam versados - e podem ter
influenciado e sido influenciados todas as artes.
O ideal romântico e intelectualizado do vampiro de Jarmusch
é inspirador - mas suas criaturas não escapam do mesmo
destino conhecido de outras já vistas no cinema: são
melancólicas e soturnas, vivem famintas (ainda que racionem
sangue em tempos de comida maculada por doenças) e sentem
falta dos bons tempos da Idade Média, quando era tranquilo
esconder os corpos devorados, algo que foram obrigados a
deixar de lado no século 21.
A atmosfera criada pelo cineasta é favorecida pela música e
a fotografia escura, inspirada em Caravaggio. Curiosamente,
o filme lembra muito em temática também a obra em quadrinhos
de Neil Gaiman, especificamente Sandman, com Hiddleston com
visual de roqueiro pálido e lânguido, desinteressado pela
humanidade, que chama de "zumbis" e culpa pela feiúra do
mundo. As citações aos inventos de Tesla e desdém pelas
nossas instalações elétricas dão um charme especial ao
personagem.
Adão e Eva, ao final, parecem uma espécie de zeladores da
criação artística humana, discutindo artistas e vagando
metaforicamente pelas ruas vazias de Detroit, cidade
esvaziada pelo colapso econômico, hoje a mais violenta dos
EUA. Quando tudo terminar, os dois primeiros também serão os
que apagarão as luzes.
O BEIJO DO VAMPIRO (Kiss of the Vampire):
AVALIAÇÃO: 2,9
1963 / Reino Unido / 88 min / Direção: Don Sharp / Roteiro:
John Elder / Produção: Anthony Hinds / Elenco: Clifford
Evans, Edward de Souza, Noel Willman, Jennifer Daniel, Barry
Warren, Jacquie Wallis.

O Beijo do Vampiro é a terceira empreitada da Hammer no
universo vampiresco. Não confunda com aquela novela
mequetrefe que passou na Globo há alguns anos. E se não
fosse uma fita pertencente ao respeitado catálogo do estúdio
britânico, seria um filme completamente esquecível e
desnecessário. A Hammer parece ter levado algum tempo para
perceber que seus filmes só iriam funcionar com Christopher
Lee no papel de Drácula novamente, algo que só aconteceria
seis anos depois.
Anthony Hinds, produtor da Hammer e que roteirizou este
longa sob o pseudônimo de John Elder, queria continuar na
tentativa de fazer mais um filme de Drácula, sem o ator que
imortalizou o personagem para o estúdio. O Beijo do Vampiro
era para ser o terceiro filme da franquia, mas outra vez o
resultado ficou aquém do esperado, como aconteceu com As
Noivas de Drácula, que pelo menos, ainda se prestava a ter
Peter Cushing no elenco, refazendo o papel do Prof. Van
Helsing.
Porém o texto final acabou não fazendo nenhuma referencia ao
conde, e partiu para uma direção que começou a ser abordada
no longa anterior, tratando o vampirismo como uma doença
social que atinge aqueles que buscam por um estilo de vida
decadente, e obviamente, utilizando-se da superstição nos
pequenos vilarejos para as criaturas das trevas fazerem suas
vítimas e tocarem o terror no local. Aqui, o grande mestre
vampiro é o Dr. Ravna (Noel Willman, uma espécie de
Christopher Lee fajuto, que tem até certa semelhança física
com o eterno Drácula), que mora em um suntuoso castelo na
Bavária e tem uma legião de seguidores sanguessugas, além de
seus próprios filhos.
Os olhos e desejo de sangue de Ravna se voltam para a bela
Marianne (Jennifer Daniel), recém casada com Gerald Harcourt
(Edward de Souza), que estão em uma viagem de lua de mel e
seu carro, uma das grandes novidades da época, fica sem
combustível próximo a um vilarejo, o que os faz se
hospedarem em um decadente hotel, gerenciados pelo feliz
Bruno e pela amargurada Anna, sua esposa, que vive em luto
pelo desaparecimento da filha, que foi morar no castelo com
o Dr. Ravna, e claro, foi transformada em uma morta-viva.
Ravna convida os dois pombinhos para um jantar em seu
castelo, e depois de construir a base da amizade entre eles
e seus filhos, usando um pouco do bom e velho poder
hipnótico dos vampiros, desta vez na forma de uma música
tocada no piano pelo seu filho Carl, os leva até uma
extravagante festa à fantasia, para raptar Marianne e dar o
beijo, que na mitologia vampírica, é sugar seu sangue para
transformá-la em uma criatura notívaga. Neste momento somos
apresentados a um detalhe bastante interessante, que é o
pouco que se salva no filme e o diferencia dos demais do
gênero que temos visto até então, e familiar se você joga ou
jogou Vampiro – A Máscara alguma vez na vida.
Ravna possui uma verdadeira seita vampiresca. Ele como
grande líder, reúne todas essas criaturas sobre seu domínio
em seu castelo, todos vestidos de branco, participando de
sessões, bem como um culto de verdade. Outro ponto positivo
do filme é que depois que Marianne é sequestrada e Gerald
ter tomado um porre sem precedentes na noite da festa, ele
acorda e é taxado de louco por todos, em um complô muito bem
organizado, que alega que ele viajava sozinho e nunca houve
uma Marianne, sua recém esposa, junto dele. Até Bruno,
senhorio do hotel, está mancomunado, escondendo todas as
roupas da garota.
Mas claro que Gerald não vai se dar como louco, e procura
ajuda no Professor Zimmer, estudante do oculto, caçador de
vampiro e sósia de Zé do Caixão, que resolve utilizar-se da
magia negra para conjurar um mal ainda maior, que seria
responsável por derrotar Ravna e seus acólitos. Utilizando
este ritual místico, Zimmer ordena que um bando de morcegos
de plástico pendurados por barbantes, vindos do inferno,
invada o castelo e ataque ferozmente todos os ali presentes,
como se o Batman tivesse jogado um daqueles seus
dispositivos sônicos no local que atrai os quirópteros.
Finalzinho mais do que safado.
Na verdade, esse encerramento seria originalmente usado no
final de As Noivas de Drácula, mas Peter Cushing foi
ferrenhamente contra, pois Van Helsing nunca iria recorrer a
magia negra, o que faz um tremendo de um sentido. Por isso
foi criado o tal Prof. Zimmer, obviamente sem o mesmo charme
do doutor holandês, e assim essa conclusão pode ser
utilizada em O Beijo do Vampiro. Que vale só pela
curiosidade de ser mais um filme do gênero com o selo Hammer
e toda sua alegoria costumeira.
MORRE RADU FLORESCU:

O
historiador e filantropo romeno Radu Florescu — autor do
livro que ligou o conde Drácula da ficção ao príncipe Vlad,
o empalador — morreu aos 88 anos. Florescu vivia em Mougins,
na França, e foi vítima de complicações de um pneumonia,
informou seu filho John Florescu. O historiador escreveu
dezenas de livros, mas ficou famoso por Em busca de Drácula,
feito em parceria com Raymond T. McNally em 1972, onde ele
afirmava que Bram Stoker baseou seu famoso personagem no
príncipe romeno do século XV.
Radu
Florescu foi um historiador da Europa Oriental que,
juntamente com seu colega Raymond T.McNally, tem sido um dos
estudiosos mais proeminentes a chamar atenção para Vlad, o
Empalador, o Drácula histórico, e sua relação com a lenda do
vampiro. Um de seus ancestrais, Vintila Florescu, foi
contemporâneo de Vlad, mas apoiava seu irmão Radu, o
Formoso, que subiu ao trono da Wallachia em 1492, ao final
do reinado de Vlad.
Florescu parecia destinado a uma vida obscura como
especialista em política e cultura oriental européia. Seu
primeiro livro foi The Struggle Against Russia in the
Roumanian Principalities(1962). No início dos anos 70,
entretanto, juntou-se com seu colega do Boston College,
Raymond T.McNally, como autor de In search of Dracula
(1972), um livro popular sobre o mito do vampiro. Seu livro
abordava os dados históricos relativos a Vlad, o Empalador,
o príncipe romeno do século 15 que tinha sido associado à
lenda do vampiro por Bram Stoker. Alguns anos antes, McNally
tinha se interessado em rastrear qualquer história
verdadeira por trás do romance de Stoker. Sua busca o levou
a Vlad, o Empalador. Após McNally ter ingressado no corpo
docente do Boston College, Florescu descobriu que os dois
tinham interesses em comum. No final dos anos 60, formaram
uma equipe com os historiadores romenos Constantin Giurescu
e Matai Cazacu para realizar uma pesquisa sobre Drácula e
sobre o folclore popular dos vampiros. Descobriu-se que na
Romênia o folclore vampírico não estava associado a Drácula
(até recentemente). Stoker provavelmente teve conhecimento
de Vlad através de Arminius Vambéry, um estudioso romeno que
conheceu em Londres na década de 1890.
In search of Dracula foi projetado como uma pesquisa
enciclopédica em miniatura sobre os aspectos da lenda
Drácula. Alguns críticos, percebendo a falta de notas
relativas ao Drácula histórico, sugeriram que Florescu e
McNally tinham inventado os detalhes de sua vida. Essas
críticas os levaram ao seu trabalho seguinte, uma biografia
completa de Vlad intitulada Dracula: A Biography of Vlad the
Impaler 1431-1476, publicada em 1973. Esse estudo não apenas
estimulou mais investigações sobre o príncipe do século 15
por historiadores romenos, como alterou o tratamento dado a
Drácula no cinema. Entre diversos filmes do gênero, duas
versões de Dracula - a versão de 1974 com Jack Palance e a
versão de 1992 de Francis Ford Coppola - enfatizaram o
relacionamento entre entre o Drácula de Bram Stoker e o
histórico príncipe romeno. Vários filmes recentes, assim
como diversos livros de Peter Tremayne e Children of Night,
de Dan Simmons, também constituiram sua trama em torno dessa
conexão. Em 1976, um documentário suéco sobre Vlad, com o
ator Christopher Lee, usou o primeiro livro livro de
Florescu e McNally como título.
Florescu continuou sua produtiva colaboração com McNally. Em
1979 (coincidindo com o lançamento da nova versão de Dracula
com Frank Langella, de 1979), terminaram e editaram a versão
de Dracula sob o título de The Essencial "Dracula": A
Completely Illustrated and Annotated Edition of Bram
Stoker's Classic Novel. Essa edição era digno de nota pelo
uso extenso das notas que Stoker tinha feito ao escrever o
livro. Mais recentemente Florescu e McNally distribuíram uma
apresentação completa da vida de Vlad em seu contexto, em
uma ampla cobertura da história do século 15, Dracula,
Prince of Many Faces: His Life and Times (1989). A queda do
governo Ceausescu, na Romênia, permitiu um contato maior e
uma colaboração mais ampla entre os estudiosos romenos e
seus pares no Ocidente. Em 1991, partindo de uma idéia
inicialmente proposta na década de 1970 por Florescu e
McNally, Kurt W.Treptow reuniu estudiosos romenos,
britânicos e americanos para criar uma antologia da Pesquisa
contemporânea sobre Drácula. Florescu contribuiu com uma
tese a esse esforço intitulado "Vlad II e Vlad III Dracula's
Military Compaigns in Bulgaria, 1443-1462".
A SÉRIE "DRÁCULA" FOI CANCELADA:

OU SEJA, VOCÊ ASSISTIR A SÉRIE E ESPERA A NOVA TEMPORADA,
AGORA NÃO VOCÊ SABER O QUE VAI ACONTECER QUE OS PERSONAGENS.
VOCÊ ASSISTIU UMA SÉRIE SEM FINAL. PARABÉNS NBC. PARABÉNS
UNIVERSAL.
O amor
é uma arma intensa que pode matar como em Romeu e Julieta,
mas também pode fazer mesmo que ainda morto, viva
eternamente ao lado da pessoa amada.
Drácula, a figura mais importante no meio ”vampiresco” até o
momento é um romance mais que em forma epistolar, tendo
diversos personagens sendo tratados em sua narrativa vive
este amor intenso.
dracula2
Os personagens são os mesmos, sendo Mina, Lucy, Van Helsing,
Carter, Dracula e outras figuras do conhecimento daqueles
que já leram sobre o vampiro.
Depois do lançamento do mais famoso livro de Bram Stoker, ao
longo desses mais de cem anos, as histórias de vampiro
ganharam cada vez mais força, e ao mesmo tempo não (veja a
saga Crepúsculo onde vampiros purpurina dominam tudo) i.
Para entrar no segmento em evidência, a NBC lançou a série
Drácula, que ambienta fielmente e reinterpretar a história
do mito da Valáquia.
De início, já conhecemos a reencarnação da esposa de Grayson,
Mina Murray (Jessica de Gouw), estudante de medicina e que
mal consegue tirar os olhos do todo poderoso recém chegado a
Londres. Esta possui uma relação com o ambicioso jornalista,
Jonathan Harker (Oliver Cohen), que interferiu por demais
tanto nos projetos de Dracula quanto no relacionamento entre
Mina e Alexander.
A sua ideia como empreendedor principal é: Energia Wireless.
Isso mesmo, Energia Wireless. Já imaginou a luz chegar até a
sua lâmpada sem o uso de fio? É exatamente isto que Grayson
passa praticamente quase todo seriado focado, alem de claro,
tentar alcançar a ”cura” para seu defeito de fabricação:
Poder caminhar sob a luz do sol.
A série mostra ao telespectador uma história chocante onde o
famoso Conde Drácula se passa por um empreendedor americano
do ramo de energia, Alexander Grayson, que à primeira vista
está tentando a sorte de suas empresas na Inglaterra, mas na
verdade têm outros planos: o extermínio do que ele se refere
como Ordem do Dragão, que teria assassinado sua esposa no
passado e que agora virou um grupo de empresas atuante
principalmente no mercado do petróleo.
É só com um plano de vingança que o conde procura a
Inglaterra, mas, quando chega, encontra uma reencarnação da
sua mulher assassinada ou simplesmente uma mulher muito
parecida com ela, não ficou tão claro qual das suas
possibilidades seria. Depois do resumão, minhas opiniões
sobre a série.
Van Helsing se vê acoado pelo vampiro para que o mesmo crie
um soro, um comprimido que seja, para resolver seu impasse
quanto a aversão à luz solar.
O ator Jonathan Meyers tem uma ótima aparição inicial na
pele de Drácula – consegue mesclar um personagem misterioso
e charmoso, e foi um dos pontos mais positivos deste início.
Seus discursos e sua tranquilidade em cena são algo
realmente a se destacar.
Outro ponto positivo foi que os roteiristas foram, de certa
maneira, fiéis à trama original e conhecida por todos. Isso
era algo que poderia a vir a ser questionado, pois em tempos
onde vampiros brilham no sol, todos ficariam receosos com
mais uma história sobre vampiros. Porém, felizmente, nesse
quesito, não há o que reclamar.
O jovem Harker trava conhecimento com o excêntrico
proprietário do castelo, o conde dado este ter em vista a
aquisição de várias propriedades na Inglaterra.
Van Helsing (Thomas Kretchesmann) é um excelente ator, faz
sua parte em toda a série ajudando Grayson a destuir a
imponente Ordem do Dragão. Vale lembrar que num geral, o
serviçal Renfield (Nonso Anozie) é um dos mais afetado pelas
liberdades tomadas pela série. E em determinado momento do
episódio, fica impossível não notar as semelhanças entre o
Príncipe das Trevas e o Cavaleiro das trevas. Drácula
realmente lembra em muita coisa o milionário Bruce Wayne e
no final das contas, dada as devidas proporções, acaba mesmo
soando como um tipo de Batman das Trevas.
Aos poucos Harker começa a perceber que há mais do que
excentricidade naquela figura, há algo de estranho no
anfitrião, algo de realmente assustador e tenebroso. Aliás,
passada a inicial hospitalidade, Harker começa a entender
que, mais do que um hóspede, é também um prisioneiro do
Conde Drácula.
Detalhes como fotografia, filmagens, caracterização dentre
outras coisas são um destaque a parte, especialmente como
Jonathan Rhys Myers foi criado, vestido e tudo mais,
simplesmente fora do normal, no fim, muito bem feito. Com
uma estética excelente, o visual chamou realmente muito a
atenção e diria que junto com a atuação de cada ator, ambos
carregaram o filme nas costas.
A cidade também foi bem explorada, mostrando a antiga
Londres cheia de sombras, lembrando Gotham City em Batman O
Cavaleiro das Trevas. O elegante castelo do Conde é pomposo
e rico em detalhes, mas parece muito com um casebre antigo.
As cenas de sangue também foram muito bem feitas, assim como
a trilha sonora do produtor e compositor canadense Trevor
Morris. A abertura da série é bem nostálgica e potente.
A carga dramática colocada nas composições ajuda a criar o
clima perfeito para o desenrolar da trama e tiram um pouco
daquele aspecto de feito para a TV.
Num resumo, Drácula é finalmente algo de vampiro que sempre
foi-se requisitado para assistir, distante de vampiros
purpurina, um seriado charmoso, cheio de requintes, cheia de
segredos, onde o Romantismo ao ápice paira no ar de forma
impressionista. Recomendadíssimo.
DRÁCULA -
O PRÍNCIPE DAS TREVAS:
AVALIAÇÃO: 0,5

Drácula, o príncipe da Valáquia, se volta para o lado das
trevas após o assassinato de sua amada esposa. Muitos anos
depois ele conhece Alina, e a considera a reencarnação de
seu amor perdido e a sequestra. Os companheiros de Alina,
liderados pelo famoso caçador de vampiros Van Helsing,
partem em sua perseguição. Sua emocionante viagem leva-os a
um país selvagem onde eles devem lutar contra mortos-vivos,
culminando em uma batalha épica contra um poder assustador e
malícia do senhor dos vampiros.
DRÁCULA
1931:
AVALIAÇÃO: 3,9
Drácula
(Bela Lugosi) é um conde vindo dos Cárpatos que aterroriza
Londres por carregar uma maldição que o obriga a beber
sangue humano para sobreviver. Após transformar uma jovem em
vampira ele concentra suas atenções em uma amiga dela, mas o
pai da próxima vítima se chama Van Helsing (Edward Van Sloan),
um cientista holandês especialista em vampiros que pode
acabar com seu reinado de terror.
SANGUE PARA DRÁCULA:
AVALIAÇÃO:

Ao
chegarem em um vilarejo do interior italiano, ambos conhecem
a decadente família di Fiori, onde o Marquês (vivido pelo
diretor Vittorio De Sica), um sujeito estranho à beça que
tem um fascinação por sobrenomes e ascendências, e perdeu
todo o rico dinheiro da família em apostas em Londres, e a
inescrupulosa Marquesa (Maxime McKendry) tentam arrumar uma
de suas quatro filhas com nomes de pedras preciosas,
Saphiria (Dominique Darel), Rubinia (Stefania Casini), Perla
(Silvia Dionisio) e Esmeralda (Milena Vukotic) como futura
esposa do Conde, mal elas sabendo as verdadeiras e malévolas
intenções do mesmo.
Só que duas delas, as possíveis pretendentes, Saphiria e
Rubinia não são mais virgens coisíssima nenhuma. Elas
transam praticamente todas as noites com Balato (Joe
Dallesandro), o único servo que restou naquela casa caindo
aos pedaços, que trabalha cortando lenha e fazendo pequenos
serviços de ajudante geral. Isso quando elas não transam
entre elas também (Morrissey pelo jeito adora essas relações
incestuosas entre irmãos). E Balato é um caso a parte. Ele
vive a todo momento citando a revolução bolchevique e os
manifestos do partido comunista, dizendo que os dias dessa
insensata divisão de classes está no fim e que a queda da
aristocracia ao redor do mundo é iminente, como aconteceu em
sua Rússia natal. O sujeito até tem uma foice e martelo
pintados na parede de seu quarto. Seus diálogos são
hilários, principalmente quando se confronta (geralmente sem
roupa entre uma trepada e outra) ideologicamente com os
ideais daquelas duas patricinhas falidas.
Obviamente Drácula irá provar o sangue delas e ter uma
intoxicação alimentar com ele. Isso entre um e outro
poderoso ataque de cold turkey, por estar ficando muito
tempo sem seu sangue virginal. Enquanto os marqueses são uns
idiotas e só pensam em casar as filhas para arrancar
dinheiro do Conde e recuperar seu status financeiros, o
trabalhador braçal Balato é o único que desconfia que ele
seja um vampiro e começa a perceber o risco que a jovem
Perla corre por ser virgem. Qual é sua brilhante ideia?
Deflorar a garota, assim ela ficará livre das garras do
morto-vivo, num começo de estupro que depois vira consentido
e prazeroso. Gênio! Pior é Drácula na maior fissura, começar
a lamber o sangue que caiu no chão durante o rompimento do
hímen da guria (e olha que solta um jorro de sangue…).
Alerta de SPOILER. Pule para o próximo parágrafo ou leia por
sua conta e risco. Ao final do filme, a outra virgem,
Esmeralda, a mais velha, praticamente assexuada e devotada
apenas aos livros e à religião que vai cair nas garras (ou
presas, se preferir) do vampiro, enquanto Balato munido de
seu machado de cortar lenha, começara a caçar Drácula,
arrancando um a um de seus membros até ele virar um cotoco
jorrando sangue, e enfiar uma estaca em seu coração, levando
a agora então vampira Esmeralda a se suicidar junto com o
recém-conquistado amor.
Destaque para a atuação exagerada e esquizofrênica de Kier
como Drácula, que teve de emagrecer 9kg em uma semana para
vestir as cafonas vestimentas e presas do vampiro-mor. Outro
detalhe é a participação especial de Roman Polanski como um
apostador em uma taverna onde Anton e Drácula estão
hospedados. Com sua boina e bigodão (pois estava filmando
Quê? na Itália por ali nas proximidades, e então repare que
ele usa o mesmo bigode nos dois filmes) ele joga um patético
jogo de imitação com Anton, antes de um terrível acidente de
carro com uma garota, onde o capanga embebe um pão com
sangue da virgem e leva para Drácula saciar sua fome.
Apesar da quantidade de gore e da batelada de cenas de nudez
frontal, pelos pubianos e sexo simulado entre as irmãs e
Balato, Sangue para Drácula recebeu cortes muito menores da
censura britânica que o controverso Carne para Frankenstein,
que entrou na famosa lista inglesa dos nasty movies. E cá
entre nós, o primeiro também é muito mais legal do que este
daqui. Já nos EUA, o MPAA deu uma classificação X para o
filme (dado somente para filmes pornô, o que é sinônimo de
suicídio comercial), e a fita teve 10 minutos de cenas
cortadas, ganhando a classificação R e o título modificado
para “Young Dracula”.
O BEIJO DO VAMPIRO (HAMMER - 1961):

Gerald
e Marianne Harcourt, recém-casados, são obrigados a ficar em
uma pequena comunidade depois que seu carro quebrou (curioso
que aqui as pessoas não tem raiva/medo de forasteiros como
em outras produções da Hammer, ao contrário, são muito bem
atendidos), eles ficam em uma pousada mais são convidados a
passar um jantar com o Dr. Ravna, lá conhecem seus
misteriosos filhos e um sinistro castelo, que esconde
grandes segredos envolvidos em um culto vampírico.
A MANSÃO MARTSTEN (SALEM´S LOT 2004)
AVALIAÇÃO: 3,5

Mais um
filme adaptado de um obra de Stephen King, provavelmente o
autor que mais teve adaptações cinematográficas da história.
Gosto muito de seus contos e reconheço que é muito
inteligente, com uma mente muito criativa e macabra. Ainda
não tive a oportunidade de ler o livro, mas adorei o filme e
é um dos meus preferidos.
A história gira em torno de Ben Mears, um escritor que volta
a sua pequena cidade natal para encarar seu passado
misterioso. Mas, ele não é o único de passagem...Logo, ele
irá descobrir que os moradores da, até então, pacata cidade
estão virando vampiros sedentos por sangue. Ben terá que se
unir a seus amigos para acabar com o vampiro mestre e salvar
o local das trevas.
Apesar da sinopse objetiva acima, não espere um banho de
sangue e correria desenfreada. Na verdade, este é um
suspense controlado que vai crescendo gradativamente até o
final. Um roteiro muito inteligente que consegue equilibrar
sua complexa trama em mais de três horas (Sim! você leu
certo) de projeção e não parecer cansativa.
A ambientação do filme, que apesar de se passar nos dias
atuais, deixa eu leve impressão de se passar em um tempo
antigo. A fotografia está ótima. A cidade expressa tristeza
e o diretor é esperto em colocar a Mansão Marsten no fundo
de várias cenas. Isso ajuda a passar ao espectador a idéia
de que a casa observa e julga a todos de cima.
Agora vamos falar do principal, os vampiros. As regras
básicas desse subgênero estão de volta (para a alegria dos
fãs, afinal, se quer brilhar, brilhe no inferno). Vampiros
não gostam de cruzes, água benta, o sol é extremamente
nocivo, estacas são sempre úteis e só podem entrar se forem
convidados. Essa última em especial é muito bem explorada no
filme. No decorrer da história, descobrimos que essa regra
não é apenas para entrar nas casas. Até para entrar em uma
cidade, o vampiro deve ser convidado. Achei muito
interessante e, de certa forma, consegue expandir esse
universo vampiresco. Está dada a minha recomendação. Se você
é fã de Stephen King e aprecia a velha escola de vampiros, é
um prato cheio. Bons efeitos visuais e maquiagem, roteiro
inteligente que soube bem com as subtramas de cada
personagem e um clima sinistro aguardam você em "A Mansão
Marsten. O Livro de Stephen King foi chamado no Brasil de "A
Hora do Vampiro"
SALEM´S
LOT - 1979:
AVALIAÇÃO: 1,5
Quando pequeno, Ben Mears se viu preso em
meio aos horrores escondidos na mansão
Marsten, localizada em sua cidade natal,
Jerusalem's Lot. Agora adulto e escritor,
Ben resolve voltar a sua cidade para
escrever um livro sobre a mansão, e ao mesmo
tempo superar seus antigos medos. Só que Ben
mal desconfia que as assombrações da mansão
Marsten serão os menores de seus problemas,
quando ele descobrir que a casa tem novos
estranhos e curiosos inquilinos. Stephen
King escreveu o livro para homenagem o
"DRÁCULA" de Bram Stoker.
Mas é um filme terrível (no bom sentido).
Difícil acreditar que foi Tobe Hooper que
dirigiu.
DRÁCULA DE DARIO ARGENTO:
AVALIAÇÃO: 3,5

Normalmente, todos filmes de Dario Argento são muito bons.
Quando disseram que ele iria fazer uma nova versão de
"DRÁCULA", os fãs fizeram felizes, por que o filme seria
fiel ao livro de Bram Stoker. Bom, acabei de assistir o
filme e gostei. Mas é o filme infiel ao livro, como todos os
filmes com o imortal personagem. Desde quando Coppolla fez
um filme (um péssimo filme) contando a origem de Drácula, ou
seja, ele criado em um personagem Histórico, o valáquio Vlad
Tepes, ou Vlad Drácula. Agora todos os filmes têm de lembrar
isso.
Claro qualquer filmes sobre Drácula não têm de ser fiel ao
livro, desde que manteria as características do
Drácula de Stoker, como a interpretação que Christopher Lee
fez. Não sei que este filme lançado no Brasil.
Acredito muitas pessoas gostaria do mesmo. Em Janeiro de
2014, este filme foi lançado nos EUA, com legendas em
espanhol. Um fato, o ator que faz Drácula este filme, Thomas
krestschmann, atua na nova série "Dracula", onde o Conde é
foi por Jonathan Rhys Meyers (ator que fez um excelente
trabalho no filme "Identidade Paranormal", com
Julianne Moore). Sabe o que o
personagem que ele fez? Van Helsing. Esta série que será
exibida no Brasil no canal Universal.
DRÁCULA 2000:
AVALIAÇÃO: 2,5

Com a
intenção de roubar obras de arte e antigüidades caríssimas,
uma quadrilha que usa métodos sofisticados, entra numa
galeria e abre uma cripta centenária, libertando Drácula. Em
meio ao caos e as tentações do século XXI, o velho vampiro
se sente em casa. E, é nos Estados Unidos que ele pretende
encontrar tudo o que quer: belas mulheres para seduzir,
muito poder e uma determinada garota com a qual divide seu
reino de trevas. Ele filme seria muito bom, se não colocarem
Drácula como Judas.
DRÁCULA - A ASCENSÃO:
AVALIAÇÃO: 1,8
Quando
um corpo completamente carbonizado chega ao necrotério, a
Dra. Elizabeth Blaine (Diane Neal) percebe durante a
autópsia que está diante de um corpo totalmente sem sangue.
A partir daí, realizam-se várias experiências que despertam
a ira de Drácula, que deseja sugar o sangue daquele grupo de
homens e mulheres. Porém, o que o perigoso vampiro não sabe
é que o padre Uffizi (Jason Scott Lee), famoso caçador de
vampiros, está à sua procura enão descansará enquanto não o
destruir.
DRÁCULA - O LEGADO:
AVALIAÇÃO: 0,5
Num futuro próximo, Uffizi e Luke viajam para uma Romênia
dilacerada pela guerra para salvar Elizabeth e exterminar os
vampiros de uma vez por todas. Pelo caminho eles encontram
um jornalista de TV e um grupo de rebeldes que tentam lutar
contra o ressurgimento dos vampiros que ameaça seu país.
VAMPIROS DE JOHN CARPENTER
AVALIAÇÃO: 4,2

Na
época em que vampiros não eram modinha e/ou coisas de
meninas, havia uma criatura da noite que era sanguinária e
vil, seu nome era Jan Valek, um vampiro que perambulava pela
terra desde o século XIV em busca de um objeto místico que
faria ele e sua raça andar sobre a luz do dia: a Cruz
Berziers.
E é com essa premissa que John Carpenter nos apresenta os
seus Vampiros no final do último milênio. Lembro-me como se
fosse ontem de ver o trailer deste western-terror em uma VHS
qualquer e depois de alguns dias meu pai chegar com ele em
casa.
Em Vampiros de John Carpenter somos apresentados
primeiramente a Jack Crow vivido pelo ilustre James Woods um
velho caçador de vampiros que foi contratado pelo Vaticano
para dar um fim em Valek (Thomas Ian Griffith). Ok, aí você
pensa, – É loucura enviar um cara qualquer que seja para
enfrentar uma criatura ardilosa que está viva a mais de 500
anos, pois é, mas vai lá o Sr. Crow com a cara e a coragem
(e mais uma turminha de caçadores) caçar o Lord das trevas
na deserta cidade do Novo México. E é a partir daí que a
história se desenrola com os vampiros de Valek sendo
massacrados e em seguida como vingança pessoal a maioria dos
homens de Jack também são mortos pelo vampiro, sobrando
apenas uma prostituta que tem elo psíquico com Valek por ter
sido mordida e seu amigo Montoya.
Com belas locações no deserto e ambientado na época em que
foi filmado (1998).
O filme também ganhou uma sequência, porém não tinha nada a
ver com o original, seu único trunfo foi que o caçador
protagonista era interpretado por ninguém menos que Jon Bon
Jovi, eu chamaria esse filme de Vampiros de Bon Jovi, já que
a propaganda do filme era baseada no astro, mas seu nome
original era Vampiros: Los Muertos, é pra ferrar mesmo né,
botaram o cara num filme de vampiro mexicano.
Apesar de não ser uma obra prima do terror como Nosferatu ou
Drácula de Bram Stoker, Vampiros de John Carpenter é um
ótimo filme pra quem procura um pouco de testosterona, pois
possui a combinação básica de, tiros, bom humor e é claro
explosões, tudo que um homem quer. Além do mais os vampiros
pegam fogo ao sol.
UM
DRINK NO INFERNO:
AVALIAÇÃO: 2,5

Na
trama, os irmãos Seth (George Clooney) e Richie Gecko
(Tarantino) são criminosos perigosos que vem deixado uma
trilha de sangue por todos os lugares onde passam. A
polícia, como não poderia deixar de ser, está no encalço da
dupla. O objetivo principal de Seth é chegar ao México, onde
receberá uma grande quantia em dinheiro. Para chegar até lá,
a dupla sequestra o pastor Jacob Fuller (Harvey Keitel), que
viajava em um trailer com seus filhos, Kate (Juliette Lewis)
e Scott (Ernest Liu). Depois de muitos momentos de tensão, a
travessia é realizada e o quinteto chega ao Titty Twister,
bar de motoqueiros e caminhoneiros onde fora marcado o
encontro. Mal eles sabiam que o local esconde um segredo
muito bem guardado – e surpreendente para quem jamais leu
uma linha sobre Um Drink no Inferno.
Lembro até hoje da primeira vez que assisti ao
longa-metragem de Rodriguez. Não sabia absolutamente nada
sobre a história e fui levado totalmente pela trama, que não
dava indício algum do que veríamos na segunda metade do
filme. Em um primeiro momento, parece que Tarantino se cansa
de como o rumo da história estava e resolve mudar tudo.
Claro que não é nada disso. O roteirista, fã de cinema como
poucos, sabe muito bem que esse tipo de surpresa é rara e
utilizada apenas por mestres. Hitchcock em Psicose já havia
feito algo parecido, matando sua protagonista na metade do
filme e mostrando ao espectador, atônito, que na verdade, o
real protagonista da produção é Norman Bates, o pacato e
assustador dono do Bates Motel. Aqui, Tarantino não chega a
executar seu protagonista no meio do filme, mas tira
totalmente o chão do seu público, que até então acompanhava
um thriller sério sobre uma dupla de assassinos que raptava
uma família.
O que é interessante de notar no roteiro de Um Drink no
Inferno é que Tarantino utiliza seus vilões como os
verdadeiros heróis do filme. Isso não chega a ser novidade
na carreira do cineasta, já tendo feito o mesmo em Pulp
Fiction, Cães de Aluguel, Amor à Queima Roupa e Assassinos
por Natureza. A grande diferença em Um Drink no Inferno é
que os vilões só se tornam mocinhos na segunda metade do
filme. Na primeira metade, os irmãos Gecko são mostrados
como o terror do Texas, assassinos frios e calculistas que
raptam uma família inteira apenas para satisfazer seus
objetivos. Quando uma ameaça ainda maior surge, os vilões
acabam se transformando nos mocinhos, com o espectador
inclusive torcendo para seu sucesso.
Um fato que pode ter ajudado nesta identificação entre
público e vilão (no caso, Seth Gecko) é a escalação do então
protagonista do seriado E.R. George Clooney. Mostrando ainda
muitos cacoetes e uma óbvia inexperiência, Clooney pode não
ter uma atuação marcante no longa-metragem, mas é fácil
gostar e se relacionar com seu personagem. Suas tiradas
irônicas e seu jeito paternalista em relação ao irmão
mostram uma figura que não parece tão mal no fim das contas.
Quem é realmente o perigoso da dupla é o desequilibrado
Richie, homem que escuta vozes e que não pensa duas vezes
antes de disparar seu revólver. Tarantino parece se divertir
atuando e está convincentemente perturbador no papel. Se
Clooney não tem atuação marcante, o mesmo não pode ser dito
da aparição sensual de Salma Hayek como a mulher fatal
Satanico Pandemonium, uma dançarina exótica que esconde um
segredo sangrento. Desde que dançou no balcão em Um Drink no
Inferno, Hayek entrou no rol de atrizes preferidas de
Hollywood, sendo convidada para papéis sedutores como sua
beleza estonteante aporta. Se Rodriguez tem uma marca como
diretor é a conduta de satisfazer sua platéia masculina com
atrizes belíssimas em papéis sensuais. Pandemonium seria a
primeira de uma lista de muitas.
A HORA DO ESPANTO 2
AVALIAÇÃO: 2,8
Quando o estudante Charlie participa de um programa de estudo na Romênia, com o seu amigo obcecado
por filmes de terror, "Evil" Ed, e sua ex-namorada, Amy, ele logo descobre que
sua jovem e atraente professora Gerri (Jaime Murray) é uma vampira na vida real.
Pena que ninguém acredita nele. Na verdade, Evil Ed acha divertido, o que só
alimenta sua obsessão por vampiros. Quando Gerri transforma Ed, Charlie procura
por Peter Vincent, o infame caçador de vampiros (bem, ele interpreta um na TV),
que por acaso está na Romênia filmando seu show "Fright Night", para ensiná-lo a
derrotar Gerri antes que ela chegue a Amy, cujo o sangue vai curar Gerri e
impedir que ela passe a eternidade como uma vampira.
SEDE DE SANGUE
AVALIAÇÃO: 4,3

Sede de Sangue é um delírio
vampiresco surreal, fetichista, misógino e sádico do tresloucado diretor sul
coreano Park Chan-wook. Uma daquelas maravilhas que vem da Coreia do Sul, com
uma estética impecável, roteiro impiedoso e uma constante troca de gêneros
dentro de um mesmo filme, ora terror, ora drama, ora romance, ora humor negro
escrachado.
O diretor conhecido por sua trilogia Vingança, que consiste em Mr. Vingança,
Oldboy e Lady Vingança, levou dez anos para conseguir realizar a sua história do
padre católico que se torna um vampiro sanguessuga. Quando trabalhou junto com o
astro do filme, Song Kang-ho, em 2000, ao dirigi-lo em Zona de Risco, já havia
trocado figurinhas sobre esse filme e o convidado para estreá-lo. Além disso,
Sede de Sangue é o primeiro filme coreano a ser coproduzido por Hollywood, já
que recebeu financiamento da Universal Pictures.
Utilizando algumas marcas
registradas de trabalhos anteriores, como sangue, violência estilizada e humor,
Chan-wook conta a história do devoto padre Sang-hyeon, que decide tornar-se
cobaia de um experimento para desenvolvimento de uma vacina para um terrível
vírus que provoca uma doença degenerativa de pele. Infelizmente, o intrépido
padre acaba morrendo nesse experimento quando é infectado. Porém ao receber uma
transfusão de sangue de um desconhecido na tentativa de salvá-lo, eis que ele é
presenteado com o sangue de um vampiro e volta à vida.
Devotado pelos fieis como um padre milagreiro, aos poucos Sang-hyeon vai
descobrindo que se tornou uma criatura das trevas e precisa combater seus
instintos básicos, entrando em um conflito entre seu desejo carnal de sangue,
que é o que o manterá vivo e livre da doença que volta sistematicamente ao não
se alimentar, e sua fé, já que matar é o pior dos pecados.
Como se não bastasse esse baita dilema moral do sacerdote, surge em sua vida
Tae-Ju, uma reprimida e frustrada esposa de um amigo de infância, humilhada a
vida inteira por sua sogra com quem moram juntos, que na verdade é uma
verdadeira bomba de sexo e desejo prestes à explodir.
O padre talarico não demora para mandar às favas sua doutrina religiosa e ceder
a luxúria e os prazeres da carne. Só que a mulher será sua ruína, quando eles
armam um esquema para se livrar do marido e da sogra, e depois o já ex-padre
acaba a transformando em uma vampira para salvar sua vida. Ao contrário de
Sang-hyeon, que se alimenta de sangue de pacientes em coma e de “voluntários”,
Tae Ju quer mais tocar o terror e ir à caça.
O que se vê são cenas filmadas com uma beleza ímpar e excelente fotografia, e
uma verdadeira viagem surreal e inconsequente do diretor, com cenas que beiram o
mais completo absurdo, pontuadas pelas precisas atuações de Song Kang-ho e da
espetacular Kim Ok-bin, que rouba o filme da sua metade para frente. Outro
destaque é para atuação de Kim Hae-sook como a sogra, que consegue nos fazer dar
risadas com simples piscadelas e movimentos com o rosto.
Dois detalhes dos mais interessantes de Sede de Sangue é que em certos aspectos,
ele remete aos bons elementos clássicos do vampiro no cinema, retratando-os como
extremamente carnais e sexuais, dominados por um desejo incontrolável por sangue
e tesão. Tae-ju em si, louca para dar, é uma verdadeira antítese à toda aquela
metáfora de castidade e limpeza propagada pela Saga Crepúsculo. Ela quer
aproveitar anos de frustração sexual e se deliciar do gozo de todas as formas
possíveis, tanto sexual quanto pelo sangue. Mas ao mesmo tempo, outras
características também eternizadas nas lendas dos sugadores de sangue são
deixadas de lado, como a falta dos famosos caninos ou seus reflexos que são
mostrados em espelhos.
Sede de Sangue é mais uma comprovação da beleza e originalidade do cinema
sul-coreano e todo o brilhantismo de seus diretores. Não é a toa que levou o
prêmio do público no Festival de Cannes de 2009. E também comprova mais uma vez
que o gênero vampiro não está perdido só porque uma esmagadora maioria burra lê
e assiste aqueles enlatados. Uma curiosidade pessoal é que o título em português
do filme foi dado por esse que vos escreve, quando trabalhava na Paris Filmes,
que distribuiu o filme aqui no Brasil. Sim, a mesma Paris Filmes que distribui a
Saga Crepúsculo. Que ironia.
Tanto que faturou mais de 62 prêmios internacionais de cinema mundo afora e foi
sucesso de crítica em diversos festivais em que foi exibido por aí. Até foi
indicado ao BAFTA, o Oscar Britânico, como melhor filme de língua não inglesa.
Em terras tupiniquins ele foi exibido aqui em São Paulo pela primeira vez
durante A Mostra Internacional de Cinema de 2008, e no ano seguinte na primeira
edição do festival SP Terror (com ingressos esgotados) e só depois estreou no
circuito alternativo em um número ínfimo de salas.
DEIXE ELA ENTRAR - O
PRIMEIRA VERSÃO - DA SUÉCIA:
AVALIAÇÃO: 4,6
Deixa Ela
Entrar é tudo que A Saga Crepúsculo gostaria de ser, se não fosse escrito por
aquela mórmon idiota e voltado a um público adolescente acéfalo. Pronto falei.
Mas é claro que isso é uma análise extremamente superficial e mesquinha sobre
essa poético filme sueco de amor vampiresco, dirigido impecavelmente por Tomas
Alfredson.
Com roteiro de John Ajvide Lindqvist, baseado em seu livro homônimo, Deixa Ela
Entrar é uma espécie de renovador do gênero, ainda mais se trantando de um
momento de reputação terrível que os sugadores de sangue passam ultimamente. A
trama de amor e inocência perdida nunca apela para violência ou sangria
desnecessária, sempre sendo carregada por um toque sutil de beleza, uma linda
fotografia das paisagens geladas de uma Estocolmo ambientada nos anos 80,
filmada em cinemascope, e ritmo lento e arrastado, quase usando o próprio
vampirismo da protagonista como apenas um efeito narrativo deixado em segundo
plano.
Oskar é um garotinho de 12 anos, solitário e tímido, um tanto quanto estranho,
podemos assim dizer, filho de pais separados (sendo que o pai trocou sua mãe por
descobrir-se homossexual) que sofre bullying constantemente na escola. Cansado
de ser um saco de pancadas, vive treinando sozinho com seu canivete em seu
quarto ou em árvores no pátio do complexo habitacional em que vive, mas sem
nunca ter coragem de dar o revide. E é nesse pátio que ele conhece Eli, a garota
que acabou de se mudar para o apartamento ao lado, igualmente solitária e
estranha, que só sai durante a noite e aparentemente também possui 12 anos,
apesar de sempre enfatizar que não é uma menina.
O relacionamento inocente dos dois, com toda aquela carga de incerteza e medos
de um romance pré-adolescente vai crescendo, um apoiado nas necessidades do
outro. Eli sabe muito bem do fardo que carrega por ser uma criatura imortal que
tem de se alimentar de sangue e isso restringe ao máximo seu contato e afeto com
outros seres humanos, exceto pelo seu pai, com quem vive e é uma espécie de
capacho. O garoto a recebe de braços abertos sem esboçar qualquer tipo de
preconceito ou estranheza, enquanto deseja o poder e confiança da menina para
poder enfrentar seus desafetos. Tanto que ao descobrir que a vizinha e paixonite
é uma vampira, isso não o afasta, mas sim, aumenta sua curiosidade e aproxima-o
mais dela.
As coisas começam a sair do controle quando o pai de Eli, nitidamente cansado e
desgostoso dos assassinatos que vem cometendo a tanto tempo, começa a ficar
distraído e falhar na tentativa de conseguir sangue para a garota, já que
prefere que ela fique trancada no apartamento para não levantar suspeitas e uma
possível captura. Com essa falha e passando fome, Eli decide agir por conta
própria e ataca um dos moradores do complexo, o que vai desencadear uma espiral
de acontecimentos que coloca em risco a identidade e a vida da garota. Paralelo
à isso, Oskar começa a se sentir mais valente e confiante, a ponto de enfrentar
o garoto que o atormenta na escola e a feri-lo gravemente, o que vai gerar uma
retaliação futura na estupenda cena final da piscina.Em dos lances mais legais
do filme é como ele trabalha a mitologia do vampiro precisar ser convidado para
entrar em algum local. É sabido que só com esse convite ele pode adentrar ao
aposento de outra pessoa. E uma cena em especial mostra uma reação única quando
Oskar recusa a convidar a garota e fica a testando para ver se ela entra sozinha
e o que vai acontecer. Ao entrar Eli parece entrar em um estado de convulsão
seguida por uma forte hemorragia interna, que faz com que seu sangue comece a
escorrer pelos seus poros, até que o garoto a convida formalmente para que ela
pare de sofrer. É incrível.
Claro que por se tratar de um film europeu, ainda mais sueco, não tem o ritmo
adequado para qualquer um apreciá-lo, ainda mais essa geração blockbuster que
gosta do vampirinho asséptico que brilha na luz do sol e sua amada songa-monga.
Assim como também é muito contra-indicado para quem quer ver um banho de sangue
aos moldes de Vampiros de John Carpenter, Um Drink no Inferno e 30 Dias de
Noite. É preciso ter uma boa dose de tato e apreço cinematográfico para entender
toda a beleza e a riqueza por trás de Deixa Ela Entrar.
HOTEL TRANSILVÂNIA
AVALIAÇÃO: 3,2
Vale a pena assistir a
estreia no cinema do diretor e roteirista russo Genndy Tartakovsky (das séries
animadas “O Laboratório de Dexter” e “Samurai Jack”), em que ele homenageia os
clássicos monstros eternizados pelos estúdios Universal nas décadas de trinta e
quarenta, focando um público que os desconhece. Amparado por um bom roteiro de
Robert Smigel (da série “Saturday Night Live”) e Peter Bayham (de “Borat”), que
não esconde em nenhum momento sua despretensão, a animação divertirá as
crianças, mas não tanto os adultos que as acompanharem.
Seus personagens não possuem motivações bem definidas, o que é aceitável em sua
pretensão, mas frustrante ao notarmos a presença de bons roteiristas no
controle. Excetuando-se uma já esperada brincadeira com a franquia “Crepúsculo”,
o humor normalmente é previsível, ainda que eficiente para seu público-alvo.
Digo com toda convicção que este é o melhor projeto em que Adam Sandler (que faz
a voz do “Drácula” pai de família superprotetor, que tem nojo de sugar o sangue
humano) se envolveu, o que apenas reforça a fragilidade de sua carreira. O 3D é
muito bem utilizado em ótimas cenas de ação, valendo o ingresso mais caro.
Ainda que a premissa seja melhor que sua execução, fazendo com que os mais
velhos sintam falta da criatividade de “A Festa do Monstro Maluco” (Mad Monster
Party? – 1969), existe em “Hotel Transilvânia” charme suficiente como introdução
destes ícones do horror, para o público infantil.
A CONDESSA DRÁCULA
AVALIAÇÃO: 3,5

A Condessa Drácula é mais
um daqueles clássicos absolutos da Hammer, que desta vez, apesar do título
errôneo tentando capitalizar em cima da franquia vampírica do estúdio, nada tem
a ver com o personagem imortalizado por Christopher Lee, e mesmo com vampiros em
si, e sim, é inspirado pela lenda da infame Condessa Elisabeth Bathory,
conhecida com A Condessa Sangrenta.
Bathory foi uma condessa húngara do século XVI, sádica, cruel, arbitrária que
castigava e torturava os camponeses dos vilarejos próximos de seu castelo das
piores formas possíveis. Após cem anos de sua condenação e morte, um padre
jesuíta chamado László Turoczy localizou documentos históricos e recolheu
histórias que circulavam entre os habitantes locais e incluiu relatos de que
sugeria que a condessa banhava-se no sangue das garotas virgens que matava, para
rejuvenescer.
É a partir deste enredo que os roteiristas Jeremy Paul e Alexander Paal
desenvolvem o roteiro de A Condessa Drácula, criando a personagem Elisabeth
Nodosheen que seria interpretada pela voluptuosa polonesa Ingrid Pitt, que já
havia feito sucesso chupando sangue e mostrando seus seios fartos e copo
perfeito em Carmilla – A Vampira de Karnstein, da Hammer, também no ano
anterior.
Na trama, a velha e carcomida Condessa descobre o poder rejuvenescedor do sangue
das virgens logo após a morte de seu marido, quando na leitura do testamento,
vê-se obrigada a dividir o castelo e a fortuna com a filha Ilona, há muito
longe. Auxiliada pelo seu amante, Capitão Dobi (Nigel Green) o intendente do
castelo e sua criada e confidente, Julie Sentash (Patience Collier), Elizabeth
começa a raptar as jovens do vilarejo logo depois de ser salpicada com o sangue
de uma de suas criadas ao se cortar tentando descascar um pêssego.
Instantaneamente o local onde o sangue espirrou em seu rosto começa a aparentar
mais jovem. Espero que a Avon, Natura, Jequiti e todas essas empresas de
cosmético que retardam o envelhecimento da pele não tentem essa saída.
Antes...
Antes…
Devaneios a parte, a Condessa é tão ruim que começa a se passar por sua filha
Ilone e manda Dobi raptá-la e mantê-la em cárcere privado. Linda, jovem, livre,
Elizabeth se engraça com o jovem soldado Imre Toth (Sandor Elès), que havia
servido o exército com seu ex-marido e lhe salvado a vida várias vezes,
recebendo de herança uma casa e o estábulo com todos os seus cavalos. Dobi fica
puto em saber que a Condessa está de casamento marcado com o rapaz, se passando
por sua jovem filha, e tenta sabotar seu plano, primeiro tentando fazer com que
Elizabeth pegue o amado com uma prostituta na cama (só que o sujeito estava tão
bêbado que não conseguiu nem chegar aos finalmentes), momento em que a Condessa
descobre realmente que só o sangue das virgens poderia rejuvenescê-la ao tentar
se banhar com o sangue da rameira. Depois Dobi conta toda a verdade para Imre,
levando-o até onde a também bela (e jovem de verdade, sem uso de cosmét…ops,
sangue) Ilona está presa e desmascarando a Condessa diabólica.
Apesar de a história ser deveras sinistra e retratar uma das figuras mais
malignas da história da Europa medieval, a direção preguiçosa de Peter Sady (que
já havia dirigido O Sangue de Drácula para a Hammer) deixa o longa arrastado,
quebrando todo e qualquer clima, além do roteiro ser bastante superficial mesmo
com a total ausência de qualquer conflito de culpa ou consciência pesada dos
personagens vilanescos do filme, mas que não é o suficiente para torná-lo
dinâmico e atrativo.
O que vale a pena, obviamente, e o que 11 em cada 10 espectadores do sexo
masculino esperam no filme, é a cena onde Ingrid Pitt é pega no flagra,
peladinha, banhando-se com o sangue de mais uma de suas vítimas. É uma cena
muito rápida e ela logo já esconde suas vergonhas, sendo bem menos explícita do
que o seu banho em uma banheira minúscula e sua corridinha de toalha atrás de
uma ninfeta em Carmilla – A Vampira de Karnstein. Mas mesmo assim, está valendo.
Fora isso, há também um ou outro peitinho a mostra, algumas cenas de
lesbianismo, mas nada ultrajante e sangue sem muita abundância. Mérito mesmo é
para a maquiagem da equipe de Tom Smith, fazendo a belíssima Pitt se transformar
em uma velha megera.
A Condessa Drácula vale como uma forma de incitar a curiosidade em procurar
textos e documentários, que há aos montes na Internet, sobre a terrível Condessa
Elizabeth Bartory, que sem dúvida foi uma das personagens que inspiraram as
lendas que deram origem ao mito do vampiro e ajudaram a fomentar a sua
importância no gênero do horror e na cultura pop.
01 - A TRILOGIA DE KARNSTEIN
- CARMILLA A VAMPIRA
DE KARNSTEIN (1970) - The Vampire Lovers:

1970 / Reino
Unido, EUA / 91 min / Direção: Roy Ward Baker / Roteiro: Tudor Gates, Harry
Fine, Michael Style (baseado na obra de Sheridan Le Fanu) / Produção: Michael
Style, Harry Fine, Louis M. Heyward (Produtor Associado) / Elenco: Ingrid Pitt,
George Cole, Kate O’Mara, Peter Cushing, Ferdy Mayne, Douglas Wilmer
Carmilla, a Vampira de Karnestein é a mais fiel adaptação do livro seminal
vampiresco homônimo, escrito pelo irlandês Sheridan Le Fanu e publicado em 1871.
E por se tratar de uma produção do estúdio Hammer, podemos esperar sangue e
erotismo a rodo.
Ao bem da verdade, a partir dos anos 70 a Hammer começou a entrar em sua fase
decadente, pois seus filmes, famosos por aquele climão gótico e seus monstros do
século XIX, começavam a perder o encanto e o público não se interessava mais por
esse tipo de horror. Enquanto no final dos anos 50 e até meados dos anos 60, a
Hammer chocava o público com seus decotes ousados e seu sangue vermelho vivo em
Technicolor nunca antes visto, importando seus filmes para o outro lado do
atlântico, nestes anos vindouros, o cinema de terror americano começou a
finalmente superar os ingleses. Após o banho de sangue de Herschell Gordon
Lewis, o pai do gore, em sua Trilogia de Sangue (Banquete de Sangue, Maníacos e
Color Me Blood Red), a hecatombe zumbi canibal de George Romero em A Noite dos
Mortos-Vivos e o culto satânico perturbador de O Bebê de Rosemary de Roman
Polanski, ir ao cinema ver vampiros se escondendo por trás da capa, perdeu muito
a graça.
Então a adaptação da Hammer para o livro de Le Fanu não podia ter vindo em
melhor hora. Explico: Mandando a moral e os bons costumes literalmente às favas,
Carmilla, a Vampira de Karnstein abusa de cenas violentas, uma dose cavalar de
luxúria e lesbianismo e na nudez da deliciosíssima (assim no superlativo
mesmo!!!!), Ingrid Pitt. Coisa impensada se o filme tivesse sido lançado há 10
anos, quando por exemplo, a primeira adaptação oficial do livro foi filmada em
Rosas de Sangue de Roger Vadim, ou mesmo o italiano A Maldição de Karnstein de
1964.
Carmilla definiu de vez a figura da vampira lésbica (bissexual, ao bem dizer) no
cinema. A polonesa Ingrid Pitt, que interpreta Carmilla/ Marcilla/ Mircalla
Karnstein (em todos seus acrônimos possíveis) esbanja sexualidade de todos os
seus poros. Afinal, que garoto (ou marmanjo, vai) não teve uma ereção na cena em
que ela está tomando banho em uma banheira minúscula, passando uma esponja
molhada em seus seios fartos, e levanta-se para se enrolar em uma toalha, só
para no instante seguinte perseguir a também seminua vítima ninfetinha correndo
pelo quarto?
Explosão de testosterona à parte, o longa dirigido por Roy Ward Baker traz todo
aquele aparato gótico característico da Hammer (figurino, ambientação, castelos,
carruagens, cemitérios, névoas, florestas sombrias, e por aí vai), investindo
ainda mais nas cenas ousadas, tanto sexuais (como já citado) quanto na violência
gráfica, como logo no começo quando uma das Karnestein tem sua cabeça decepada
por uma espada. Era a tentativa da Hammer de retomar a hegemonia do horror. E
isso tudo torna Carmilla, a Vampira de Karnestein um deleite, feito na medida
para os fãs.
Diferente do lesbianismo velado que vimos nos já citados Rosas de Sangue e A
Maldição de Karnstein, aqui a vampira vai direto ao ponto, seduzindo, beijando e
chupando o sangue de garotas púberes indefesas, mas também porta-se como uma
predadora nata, matando os aldeões incautos para se alimentar, pouco se
importando se são homens ou mulheres. Apesar de velha para o papel, Ingrid Pitt
enche a tela com sua presença, ora doce, ora cruel (e com outros atributos
também, que bem, não vem ao caso) e contracena ao lado de uma lenda do estúdio,
o incansável Peter Cushing, o cavaleiro do horror, no papel do General Von
Spielsdorf (que aqui faz o papel de um pai desafortunado que perdeu a filha para
os caninos da vampira).
A trama se inicia com o Barão Von Hartog (Douglas Wilmer) um caçador de vampiros
em busca de vingança pela morte de sua irmã, invadindo o mausoléu dos Karnestein
para enfiar uma estaca em todos os membros da família amaldiçoada. Porém, o
túmulo de Mircalla Karnstein passa desapercebido, pois estava escondido em um
local seguro, o que faz com que a vampira continue tocando o terror no vilarejo.
A primeira vítima é Laura (Pippa Steele), filha do General, que acolhe a bela
Marcilla em sua residência, após sua mãe, a Condessa, ter de partir às pressas
do baile (propositalmente, óbvio) organizado pelo General. No filme todo há a
presença sinistra de um suposto vampiro cavalgando, que não abre a boca em um
frame sequer, e está ali sem a menor explicação ou motivo aparente.
Não satisfeita em chupar até a última gota de sangue de Laura, agora com o nome
de Carmilla, a vampira torna-se hóspede em outra mansão, após a carruagem da
mesma condessa quebrar (propositalmente de novo, óbvio) e então passa a seduzir
a jovem Emma (Madeline Smith) com seus encantos profanos em busca de quê? Sangue
e sexo, claro. Padecendo da mesma forma que Laura anteriormente, o pai de Emma,
o Sr. Roger Morton (George Cole) une-se ao General Spielsdorf e ao Barão Hartog,
junto do ex-namorado de Laura, Carl Ebhardt (Jon Finch) para juntos, encontrarem
o local de descanso da vampira e exterminá-la de uma vez por todas.
O sucesso de Carmilla, a Vampira de Karnstein deu origem a mais duas sequências,
que completaram a chamada trilogia de Karnstein da Hammer. A primeira, Luxúria
de Vampiros, dirigida por Jimmy Sangster (sim, aquele mesmo, famoso roteirista
do estúdio), e a segunda, As Filhas de Drácula, de John Hough. Ambos lançados em
1971, com roteiro de Tudor Gates (o mesmo deste aqui). Infelizmente Ingrid Pitt
não volta em nenhum dos dois, mais viveria uma vampira novamente em A Condessa
Drácula no ano seguinte, filme inspirado na lenda da Condessa Bathory, que se
banhava em sangue com o pretexto de rejuvenescimento.
02) LUXÚRIA DE
VAMPIROS:

Luxúria de Vampiros é o
segundo filme que compõe a trilogia de Karnstein da Hammer, baseado no livro do
irlandês Sheridan Le Fanu, um dos responsáveis pela criação do status quo do
vampiro na literatura, influenciador de Bram Stoker e percursor da safadeza,
erotismo e lesbianismo vampírico.
O primeiro foi o clássico dos clássicos Carmilla – A Vampira de Karnstein,
lançado no ano anterior, que traria a deliciosa Ingrid Pitt no papel de Carmilla
e todos os seus diversos acrônimos. O terceiro filme, As Filhas de Drácula,
também lançado em 1971, trouxe Peter Cushing no elenco e as gêmeas playmates
univitelinas Madeleine e Mary Collinson.
Este segundo episódio da trilogia Karnstein é interessante, tanto do ponto de
vista narrativo, quanto do ponto de vista técnico, levando em consideração que a
Hammer passava por maus lençóis naqueles anos e caminhava para sua fadada
falência, até ser ressuscitada no final da década passada. Claro que nesta
altura do campeonato, todo o “glamour” e desbunde de figurinos e de maquiagem do
estúdio tinha ficado para trás, tendo deixado seus áureos anos lá no final da
década de 50 e toda a década de 60. Então a ordem do dia era mostrar o máximo de
sangue, violência e nudez possíveis, até para agradar o mercado americano.
E seguindo a linha da vampira fatal, sedutora e desinibida vivida por Ingrid
Pitt em Carmilla – A Vampira de Karnestein, em Luxúria de Vampiros, a bela e
loira Millarca, reencarnação de Carmilla, é interpretada pela atriz dinamarquesa
Yutte Stensgaard, que obviamente não tem o mesmo sex appeal e a volúpia de Pitt,
mas que mesmo assim exala sua doce e particular sensualidade, desfilando com
suas longas camisolas transparentes ultra decotadas pelo internato de garotas, e
nos closes de seus brilhantes olhos azuis levemente estrábicos.
E esse internato para garotas de fino trato é onde acontece toda a trama de
Luxúria de Vampiros. O vilarejo onde ele fica situado, está sob constante medo
da superstição dos vampiros que vivem no castelo de Karnestein. Uma camponesa é
sequestrada pelo cocheiro/ capanga logo no começo do filme, para servir aos
rituais satânicos do Conde de Karnstein (Mike Raven, que tem bastante semelhança
com Christopher Lee, inclusive com seu vozerio) e da Condessa Herritzen (Barbara
Jefford) para trazer Carmilla, ou Millarca, ou como você preferir, de volta à
vida.
A Condessa Herritzen logo se apressa para colocar a falsa sobrinha vampira na
escola gerenciada pela Sra. Simpson (Helen Christie), auxiliada pelo esquisito
simpatizante do oculto Giles Barton (Ralph Bates, em uma excelente
interpretação) e pela professora Janet Playfair (Suzanna Leigh), para ela poder
seduzir as pobres jovens e sugar o sangue de suas jugulares. A safadeza,
erotismo e depravação que rola entre as meninas e a vampira neste internato é
como se fosse a versão Hammer do Cine Privé ou da Sala Especial (para os mais
velhos, ou os filmes da madrugada do Telecine Action para os mais novos).
Neste ínterim, o cético escritor Richard Lestrange (Michael Johnson) está nas
redondezas para uma pesquisa para seu próximo livro, e resolve visitar o castelo
dos Karnestein e acaba encontrando a tal escola. Estupefato pelas belas moçoilas
que ali estudam e hipnoticamente atraído por Mircalla, ele dá um chapéu no
professor de inglês que fora contratado para lecionar no local, tomando sua vaga
só para ficar por ali e tentar seduzir a loirinha, já que o escritor está
terrivelmente apaixonado pela beldade. Lógico que enquanto tudo isso acontece,
as meninas vão sumindo misteriosamente uma a uma (e até o Sr. Barton, que havia
descoberto o segredo de Carmilla e queria ser um servo da trevas), sendo
encobertas pelo Conde Karnestein que finge ser um médico, o Dr. Frohein, que
atribui toda e qualquer morte, por mais jovem que a pessoa seja, a ataque
cardíaco, e a Condessa fria, calculista e inescrupulosa, que consegue manipular
facilmente a Sra. Simpson.
Esses desaparecimentos começam a despertar a atenção já dos incautos e
revoltados moradores da aldeia, do pai de uma das moças que sumiu, um inspetor
de polícia e o pároco local. Tudo para que eles se juntem com suas tochas e
forcados, ao melhor estilo filme de vampiros, para tentar acabar de vez com
aquelas malditas sanguessugas. Mas claro que apesar da história chinfrim e
clichê, quem é do sexo masculino não pode reclamar de Luxúria de Vampiros e de
suas garotas seminuas e seus decotes ousadíssimos e as trocas de carícias entre
as garotas do internato, além da pegação entre Lestrange e Mircalla, Carmilla,
ou o que quer que seja.
Fora isso, Luxúria de Vampiros vem com todo o pacotão gótico da Hammer, com seus
vilarejos, camponeses assustados, ambientação de época, carruagens, filmagens em
plena luz do dia simulando noite através de filtros e tudo mais. Junto com esse
pacote, está a direção de Jimmy Sangster, responsável pelo roteiro dos mais
importantes filmes do estúdio, desde os primeiros A Maldição de Frankenstein e O
Vampiro da Noite, vários filmes destas duas franquias e outros clássicos como O
Homem que Enganou a Morte, A Múmia, e tantos outros. Já o roteiro ficou por
conta de Tudor Gates, que também escreveu os outros dois filmes da trilogia. O
DVD foi lançado aqui no Brasil pelo saudoso selo Dark Side, da Works Editora,
junto com mais uma grande leva de filmes da Hammer que podiam facilmente ser
encontrados nas bancas e Lojas Americanas da vida.
03) A FILHAS DE DRÁCULA:

1971 / Reino
Unido/ 87 min / Direção: John Hough / Roteiro: Tudor Gates / Produção: Harry
Fine, Michael Style / Elenco: Peter Cushing, Harvey Hall, Alex Scott, Madeleine
Collinson, Mary Collinson, Kathlee Byron, Damien Thomas
As Filhas de Drácula é uma daquelas provas cabais e irrefutáveis da decadência
escancarada do estúdio, que começou a perder sua majestade durante os anos 70,
não se adequando ao público que não queria mais ver filmes com atmosfera gótica
e sim um tipo de terror mais real e próximo.
Porcamente traduzido, distante do original literal que seria Gêmeas do Mal (e
que também é um equívoco descomunal, já que só uma das gêmeas é malvada, a outra
é boazinha), As Filhas de Drácula é o terceiro filme da trilogia de Karnstein,
inspirado pelo seminal livro do irlandês Sheridan Le Fanu, que teve seu pontapé
inicial no ano anterior com Carmilla – A Vampira de Karnstein, e também tem aí
em seu meio, Luxúria de Vampiros (que será postado futuramente já que minha
lista é em ordem alfabética).
Enfim, com a fase áurea de estúdio inglês deixada para trás, orçamentos curtos,
reação adversa do público e tentativa frustrada de apostar no mais do mesmo para
manutenção do status quo, a Hammer apela para três fatores infalíveis para
qualquer produção vampiresca da época: 1) a presença do sempre ótimo Peter
Cushing; 2) profusão de sangue e cenas gráficas; e 3) nudez feminina, óbvio.
A história é das mais fraquinhas: Cushing é Gustav Weil, um wanna be Matthew
Hopkins (personagem de Vincent Price no ótimo O Caçador de Bruxas), que sai por
aí em seu vilarejo queimando garotas a torto e a direito, acusando-as de
bruxaria. Acontece que neste vilarejo vive o infame Conde Karnstein, libertino,
arrogante, presunçoso, cruel e adorador de Satanás. Claro que os dois não vão se
bicar desde o começo da história.
Lenha é jogada na fogueira quando as sobrinhas gêmeas de Gustav, Frieda e Maria
(interpretadas respectivamente pelas playmates univitelinas Madeleine e Mary
Collinson) vão ficar sob a guarda do tio carola. Ao melhor estilo “Mulheres de
Areia”, Maria é a Rutinha (que é boa) e Freida é a Raquel (que é “mau”, já diria
Tonho da Lua). Se você não assistiu a novela da Globo e não faz lhufas do que
estou falando, Maria é a casta, puritana, obediente, sonho de sobrinha, e Freida
é um dínamo de sexualidade, além de ser desobediente, malcriada e perversa.
Não demora para que o Conde deseje a ninfeta e vice-versa. Só que nesse ínterim,
o Conde em uma de suas missas de magia negra, sacrifica uma mulher em troca de
poderes satânicos, que não dá certo, mas milimetricamente a mesa de sacrifício
estava bem em cima do mausoléu de Mircalla Karnstein, pingando sangue da moça
coincidentemente em seu caixão e trazendo-a de volta à vida. Mircalla logo dá o
“beijo” no Conde que se transforma em um vampiro. Que por sua vez, dá um “beijo”
em Freida, que foge de casa certa noite para se engraçar com o mesmo.
Pronto, está montado o pandemônio na aldeia que irá envolver as gêmeas, Gustav,
o Conde e seu comparsa mucamo Joaquim e os irmãos Anton (David Warbeck) e Ingrid
(Isobel Black), que comandam uma escola para moças de fino trato, o qual as
gêmeas estão matriculadas. Só que Anton é um intelectual e bate de frente com a
barbárie de Gustav e sua turma que adora queimar garotas acusadas de bruxaria.
Acontece que com a vampirização de Freida e a iminente ameaça à Maria, os dois
terão de juntar forças para derrotar o malvado vampiro.
As Filhas de Drácula (lembrando que Vlad Tepes não tem ABSOLUTAMENTE nada a ver
com esse filme) até funciona vai. Não é um dos filmes mais primorosos da Hammer,
e começa a repetir à beça cenários, costumes e recauchutar as histórias. Mas
gera uma boa diversão. Fora a explosão sensual das irmãs Collinson, primeiras
gêmeas a ser capa da Playboy, e a tão aguardada sequência onde Madaleine, se
passando pela irmã, aparece peladinha tentando seduzir Anton. Porque dela só
resta falar mesmo dos decotes lascivos e as insinuações sexuais seguidas de
nudez, pois a atuação é um verdadeiro desastre (tanto que as duas foram
dubladas). Algumas cenas de decapitação aqui e acolá são também bastante legais,
além de toda a violência e tortura inerente ao período da inquisição.
VAN HELSING
AVALIAÇÃO: 3,5

A idéia era
boa: ressuscitar os monstros clássicos da Universal Pictures, Lobisomem, Drácula
e Frankenstein. Mas o cineasta Stephen Sommers, conhecido por resgatar outra
famosa criatura do mesmo estúdio, A múmia (The Mummy, de 1999), disse que não
queria apenas fazer novos filmes com os personagens, pois ótimas histórias já
haviam sido contadas, e assim resolveu colocá-los todos juntos.
E aí começam
os problemas. Sommers apostou no conhecimento que todos têm dos monstros e nada
acrescentou aos personagens. Van Helsing (o Wolverine, Hugh Jackman), que seria
a cola a juntar todas estas peças, também não tem densidade suficiente para
isso. Nem seus problemas existencialistas chegam a ser um drama para ele. O que
poderia ser uma motivação, acaba se tornando um pequeno detalhe, jogado aqui e
explicado ali. Algo menor do que a cinza do charuto fumado pelo mutante
canadense.
O Van Helsing que vemos na tela é um servo de uma facção secreta da igreja
(???????), que passa seus dias eliminando monstros. Ele é uma espécie de James
Bond do século 19, com permissão para matar e que conta até mesmo com um armeiro
no estilo Q, Frei Carl, interpretado por David Wenham (o Faramir de O senhor dos
Anéis). Na primeira aparição do herói, ele se encontra com um Mr. Hyde
totalmente digital (talvez os melhores personagem e seqüência de toda a fita) na
sala do sino da Catedral de Notre Dame, em Paris. Cara a cara com o monstro de
dupla personalidade, Van Helsing diz que eles acabaram se desencontrando em
Londres... e fica aquela interrogação no ar mas o filme começou agora.
E assim, somando dois com dois, fica fácil descobrir que Van Helsing, na
verdade, não é um filme, mas sim uma linha de produtos. Além do longa-metragem e
do DVD com o desenho animado, estão sendo produzidos videogames, uma série de
desenhos animados para a TV e até mesmo uma atração nos parques de diversão da
Universal. E, embora não haja ainda uma palavra oficial, a segunda parte da
aventura do caçador de monstros é questão de tempo... e de sucesso nas
bilheterias, claro. Só assim para descobrir como foi que Sommers conseguiu
arrancar 150 milhões de dólares dos cofres da Universal apenas para a produção
desta fita.
Toda esta dinheirama (sem contar os milhões gastos em publicidade e promoção)
com certeza voltará ao local de onde saiu. Apesar de estar longe de ser ótimo
filme de ação, Van Helsing deve agradar os espectadores que só querem duas horas
de descanso para um cérebro fatigado e nada mais. A ação é realmente
ininterrupta. Não há tempo nem para os créditos, que só vão aparecer ao fim do
filme.
Da Transilvânia para Paris, de lá para Roma e de volta para a terra do Drácula,
onde encontramos Anna Valerious (Kate Beckinsale), única sobrevivente de uma
família amaldiçoada a deter o chupador de pescoços ou morrer tentando. A atriz,
que pode ser vista também em Anjos da Noite (Underworld), não consegue escapar
da armadilha montada pelo cineasta. Beckinsale, boa atriz, não tem espaço para
desenvolver seu personagem, que parece só estar ali para enfeitar, usando calças
coladas, corpete e um penteado cheio de cachos que não se destrói nem com fogo,
nem com água... da chuva, pois, como ela mesma diz numa das cenas mais melosas
do filme nunca viu o mar.
Se Sommers queria lágrimas da platéia, falhou feio, pois o riso foi uníssono no
cinema. Da mesma forma, os monstros não causam medo, quiçá um ou outro sustinho.
E assim, de uma briga aqui, para uma perseguição acolá, o filme passa seus 132
minutos em altíssima rotação. Uma outra triste conseqüência é que acaba não
sobrando tempo para o clímax, a luta entre Van Helsing e o Drácula (Richard
Roxburgh), que se torna apenas mais uma, entre as várias cenas de ação.
Com este filme, Stephen Sommers se iguala ao Dr. Frankenstein, que ao pegar
pedaços mortos e juntá-los cria um monstro forte (financeiramente), mas que pode
destruir sua vida (profissional).
CRIATURAS DA NOITE
AVALIAÇÃO: 4,0

"Criaturas da Noite" não
apresenta nada de novo, roteiro comum, direção simples, produção independente,
mas tudo permeado por uma atmosfera sombria que torna a película um pequeno
grande filme sobre vampiros.
Os chupadores de sangue aqui não possuem super poderes, muito pelo contrário,
eles são colocados no mesmo patamar dos dependentes químicos, o sangue é a
droga, o assassinato a culpa. A stripper Ruby Stone (Katia Winter) conhece
Vincent Monroe (Giles Alderson) em um bar e logo iniciam um romance, ainda na
primeira noite junto Ruby descobre que seu companheiro é um vampiro e ele a
transforma em um ser das trevas. Acontece que a moça não consegue matar suas
vitimas em potencial, e propõe ao amado que parem de se alimentar com sangue e
curem seu vício.
O roteiro é feliz em traçar um paralelo entre a dependência de sangue dos
vampiros para com os viciados em drogas ilícitas, em nenhum momento o roteirista
faz questão de aprofundar os personagens, mas incrivelmente o espectador se
identifica com o carisma do casal protagonista, apesar dos mesmos serem
totalmente anti-heróis.
O vilão da película é caricato e assustador, a cena onde o sujeito lambe o rosto
da prostituta que acabara de ser espancada por ele é sensacional, tudo isso
permeado com uma trilha sonora ambiente que funciona perfeitamente com o clima
vampírico que esta presente em cada cena. Essa trilha ainda conta com músicas
góticas e blues e tem fundamental importância para a película.
O diretor e também roteirista Lawrence Pearce vai direto ao ponto e mostra tudo
que o espectador procura nesse tipo de produção, sangue, sexo e romance, com
algumas cenas graficamente belas, inclusive a cena de acasalamento dos
protagonistas. "Criaturas da Noite" é um filme que nasceu para ficar na
escuridão e ser apreciado por poucos habitantes que se aventuram através das
sombras.
A DOENÇA
QUE
CRIOU O MITO DOS VAMPIROS: PORFIRIA
O que é porfiria?
É um conjunto composto por cerca de oito doenças diferentes, todas de caráter
genético, além de também poderem ser de forma adquirida, decorrentes de
disfunções enzimáticas durante a síntese do heme. Com isto ocorre uma acumulação
e uma superprodução de precursores do metabolismo.
A palavra “porfiria” possui origens gregas e remete a algo como “pigmento roxo”.
Este nome também possui relação com a aparência arroxeada do fluído corporal que
as pessoas portadoras produzem durante uma crise. Devido aos sintomas produzidos
pela porfiria, esta foi, muitas vezes, utilizada para explicar as lendas dos
lobisomens e dos vampiros.
Diversos são os fatores que desencadeiam uma crise. Os de caráter ambientais
influem muito neste sentido. As porfirias podem ser dividas em hereditárias ou
em adquiridas. Cada uma destas ainda é dividida em outros tipos. As hereditárias
são separadas de acordo com a deficiência enzimática em específico. O heme é
produzido tanto na medula óssea quanto no fígado, desta forma, as porfirias
podem, por exemplo, serem classificadas de acordo com a origem do problema, como
a porfiria hepática e a porfiria eritropoética. Também podem ser divididas
levando em conta os sintomas produzidos. Por exemplo, as porfirias agudas e as
porfirias cutâneas.
Agente causador
Estas doenças são todas genéticas e podem também ser adquiridas. Fatores que
desencadeiam um papel fundamental para o surgimento da doença e para a sua
progressão, são, por exemplo, dieta, exposição solar, alterações hormonais,
medicamentos, stress, entre outros.
Como são muitos os tipos de porfirias, as causas também são diversas. A do tipo
cutânea tardia é a mais comum. Todas possuem relação com a produção incorreta do
heme, parte extremamente importante da hemoglobina. Com isto, ocorre o acúmulo
de elementos químicos no corpo e de quantidades de porfirina.
Como se descobre a doença (diagnóstico)
Geralmente as porfirias do tipo aguda se manifestam através de crises que podem
durar de horas até dias. Diante dos sintomas e dos sinais um médico especialista
logo é procurado. Nos casos de suspeita, o primeiro passo é verificar os
sintomas do paciente. As porfirias são variadas e podem se manifestar de
diferentes formas. Por exemplo, as agudas costumam gerar sintomas viscerais e
também neuropsiquiátricos. Já as cutâneas tendem a produzir foto-sensibilidade.
Através de uma análise clínica e de uma conversa com o indivíduo, o médico,
provavelmente, solicitará a realização de exames de urina e de sangue. Estes
podem revelar não somente problemas renais como uma série de outras
complicações. Alguns outros testes muito realizados para o correto diagnóstico
da porfiria em questão são, por exemplo, o de gases no sangue, a urinálise, o
painel metabólico abrangente, a ultrassonografia da região do abdômen e a
avaliação dos níveis de porfirina e de outros químicos frequentemente presentes
na urina. Após o correto diagnóstico, deve-se dar início imediato ao tratamento
mais adequado. Desta forma as complicações serão reduzidas e muitos dos
problemas sanados ou controlados.
Sintomas
Alguns são bem específicos e dependem do tipo de porfiria. Por exemplo, as
agudas provocam crises prolongadas nas quais uma dor abdominal intensa é
observada. Esta costuma vir acompanhada de vômitos, fraqueza muscular,
arritmias, alucinações, constipação, convulsões, náuseas e confusão mental. Já
as cutâneas, por outro lado, tendem a provocar lesões na pele como bolhas e
cicatrizes, escurecimento da mesma e aumento da quantidade de pelos.
Podemos ainda destacar alguns sintomas comuns aos diferentes casos de porfiria.
São eles:
◾Cólicas abdominais;
◾Convulsões;
◾Distúrbios mentais;
◾Sensibilidade à luz;
◾Fraqueza;
◾Alterações na personalidade;
◾Formigamento;
◾Paralisia muscular;
◾Dor nos braços e nas pernas;
◾Grave desequilíbrio eletrolítico;
◾Queda de pressão;
◾Choque.
Os sintomas são variados e a maioria coloca a saúde em risco extremo. Muitos
poderiam explicar o surgimento das lendas de vampiros e de lobisomens, como a
sensibilidade à luz e ao aumento dos pelos na pele. A doença já foi bastante
discutida e é estudada há certo tempo. Diante de qualquer dor abdominal sem
explicação, ou diante de quaisquer sintomas mencionados acima, procure
imediatamente por um médico.
Prevenção
Consultar um especialista em genética antes de se ter filhos pode ser uma medida
preventiva para pessoas que possuem histórico de porfiria na família. Para
prevenir o desencadear de novas crises muitas atitudes podem ser tomadas, e
estas variam de acordo com o tipo da doença. Por exemplo, as porfirias cutâneas
podem ser prevenidas através do uso de fotoprotetores, de roupas especiais e de
qualquer outro mecanismo que impeça a exposição da pele ao sol.
Já a eritropoiética pode ser evitada pela ingestão de betacaroteno e de
colestiramina. A eritropoiética congênita pode ser prevenida através de um
transplante de medula óssea. A porfiria cutânea tardia é a mais frequente de
todas e pode ser prevenida pela suspensão dos fatores desencadeantes como o
álcool, o tabaco ou ferro em excesso.
De forma geral, uma dieta adequada e a interrupção do consumo de álcool, do
fumo, do stress e de atividades físicas muito extenuantes, são medidas que já
auxiliam na prevenção não somente desta como de muitas outras doenças.
Tratamento
Durante as crises é normalmente preciso internar o paciente. Sintomas como
náuseas, dores e vômitos precisam ser tratados. Análgicos podem ser prescritos,
assim como sedativos para deixar a pessoa menos nervosa. Em alguns casos há a
necessidade de se fazer flebotomia, retirada de parte do sangue do organismo.
Líquidos, glicose e suplementos de betacaroteno também podem ser utilizados no
tratamento.
As porfirias são doenças crônicas e algumas produzem mais complicações do que
outras. Estas não podem ser tratadas, porém, os ataques podem ser evitados e os
sintomas controlados. É preciso realizar constantemente exames de rotina e se
tomar muito cuidado com os fatores desencadeantes das crises. Porfirias que não
recebem o devido acompanhamento médico podem causar sérios problemas de saúde
como insuficiência respiratória, cálculos biliares, paralisias diversas e até
mesmo levar a um coma. Portanto, não descuide da sua saúde. Diante de quaisquer
sintomas procure por auxílio de um profissional e, caso haja necessidade,
realize o tratamento com disciplina para que não surjam novos transtornos.
CAÇADORES DO VAMPIROS:
AVALIAÇÃO: 3,0
Em Caçadores
de Vampiros Saya tem uma alma atormentada de 4 séculos e sobrevive de sangue,
assim como os vampiros que caça. Quando vai para a base militar norte-americana
pela entidade secreta em que trabalha, vê sua oportunidade de eliminar Onigen,
chefe de todos os vampiros. Durante sua caçada, faz sua primeira amizade com um
ser humano: a filha de um general.
SUPSPECIES
1 A 4:
AVALIAÇÃO: 3,9
1:
Após um longo
tempo no exílio, o maligno vampiro Radu retorna à sua terra natal, na
Transilvânia, e mata o próprio pai para obter uma relíquia, a Bloodstone, que
contém o sangue de todos os santos. Paralelamente, três universitárias
norte-americanas vão à Transilvânia para estudar os mitos locais e acabam se
envolvendo na disputa milenar entre Radu e seu irmão, o "vampiro bonzinho"
Stefan, que se apaixona por uma das garotas. Série vampiresca de baixo orçamento
que deu origem a 3 continuações.
2:
Esta continuação de Subspécies: A Geração Vamp começa do ponto onde o
primeiro filme parou. O maligno vampiro Radu volta à vida, mas Michelle, agora
uma vampira, foge do castelo levando a pedra de sangue, uma relíquia sagrada que
pinga sangue e é a grande fonte de alimentação dos vampiros. Radu, então, parte
em sua busca.
3:
Rebecca
continua na sua missão de salvar a irmã Michelle, transformada em vampiro no
primeiro filme da série, das garras do maligno Radu. Para isso, conta com a
ajuda do agente Mel e do tenente Marin.
4:
Depois de
conseguir escapar do seu mestre Radu, a vampira Michelle é salva por uma mulher
chamada Ana e levada a um hospital, onde o médico garante ser capaz de curar o
vampirismo. Enquanto isso, Radu escapa novamente da sua quase morte (vista em
"Volúpia Sangrenta") e segue os passos da amada até Bucareste.
DRÁCULA - O VAMPIRO DA
NOITE - COM CHRISTOPHER LEE - O MAIOR DRÁCULA DE TODOS OS TEMPOS (1958):
AVALIAÇÃO: 5,0








Um dos melhores Filmes do
Drácula que já assisti, uma grande adaptação do livro. Muito bom mesmo.
Christopher Lee dá um show como o Conde, como nos próximos seis filmes que ele
atuou como o Drácula. Muito sensual.
Assim como outras produções da Hammer, Horror Of Dracula possui várias vantagens
sobre as antigas versões da Universal. A primeira e mais óbvia é o uso da cor,
seguida pelo tratamento mais moderno dado aos monstros. No caso de Drácula, Lee
foi um vampiro bem mais sedutor, violento e impressionante do que o vivido por
Bela Lugosi, graças ao roteirista Jimmy Sangster e à própria presença cênica
admirável do ator (Lee possui quase 2 metros de altura). De todos os filmes da
Hammer protagonizados pelo Conde, este é o que segue o livro de Bram Stoker mais
fielmente. Mesmo assim várias liberdades foram tomadas, locações e personagens
foram modificados e a trama foi consideravelmente condensada. Apesar disso, ela
ainda é a conhecida história de Jonathan Harker viajando até o castelo do Conde
Drácula. Após transformar Harker em vampiro, Drácula vai para Londres, onde
passa a ameaçar a família do rapaz. Contudo, antes que consiga transformá-los a
todos em seus escravos vampiros, o Dr. Van Helsing, um especialista em criaturas
da noite, surge para destruí-lo. Dirigido pelo grande Terence Fisher, O Vampiro
da Noite é repleto de imagens e momentos memoráveis.
DRÁCULA COM FRANK
LANGELLA - 1979 - O SEGUNDO MELHOR DRÁCULA DO CINEMA:
AVALIAÇÃO: 4,5

Escuna naufraga perto de Whitby e o único
sobrevivente é o Conde Drácula (Frank Langella), que chegou com grandes
quantidades de terra da Transilvânia para levar para sua residência em Carfax
Abbey. Ele faz amigos como o Dr. Seward (Donald Pleasence), que administra um
asilo, sua filha Lucy (Kate Nelligan), a amiga dela Mina (Jan Francis) e
Jonathan Harker (Trevor Eve), o noivo de Lucy. Mas logo Mina morre de perda de
sangue e Drácula se defronta com o Van Helsing (Laurence Olivier), um caçador de
vampiros que deseja aniquilá-la.
DRACULA DE 1931 - O
TERCEIRO MELHOR DRÁCULA DO CINEMA:
AVALIAÇÃO: 4,0

Quando foi
escalado para interpretar o vampiro mais famoso de todos os tempos, o húngaro
Bela Lugosi não falava sequer uma palavra em inglês. Para dizer suas falas, ele
as memorizava foneticamente. O resultado foi uma interpretação aterrorizante.
Drácula falava de forma pausada e com um ritmo assustador, lembrando mesmo
alguém já meio-morto. Aliás, a fotografia usa e abusa da imagem sinistra de
Lugosi. Alguns planos de Drácula só olhando para o público com seu olhar sombrio
são comuns, e causaram terror quando exibidos pela primeira vez.
Aliás, a interpretação de Bela Lugosi tornou-se molde para as futuras
encarnações do vampiro. Em nenhuma passagem do livro homônimo do escritor
irlandês Bram Stoker (que escreveu “Drácula” em 1897) menciona-se um falar
pausado nem sinistro como o interpretado por Lugosi em “Drácula”. Apesar disso,
tornou-se marca registrada do vampiro, além de seu olhar enigmático. Mesmo em
filmes com vampiros que não são Drácula, às vezes, seguem esse modelo. Por mais
que tenha se imortalizado no papel, Lugosi só foi viver Drácula novamente na
comédia “Bud Abbott Lou Costello Meet Frankenstein”, em 1948.
Por mais que a inspiração tenha vindo do mais bem-sucedido livro de Bram Stoker,
o filme “Drácula” é uma adaptação da peça de teatro feita a partir do livro,
escrita por Hamilton Deane. Devido aos problemas financeiros da época da
Depressão norte-americana, a Universal Pictures não podia bancar uma adaptação
fiel ao livro, então optou pela versão simplificada adaptada ao teatro. O
próprio Bela Lugosi já havia interpretado Drácula na Broadway, um dos motivos
pelo qual foi cogitado para o papel no cinema.
O filme começa com R. M. Renfield, um corretor de imóveis, indo até a mansão do
conde Drácula, na Transilvânia. O vampiro está de mudança para a Inglaterra.
Durante a noite, porém, as várias mulheres de Drácula o cercam, atrás de seu
sangue, mas o conde as impede, dizendo: “Ele é meu.” Na próxima cena, já a bordo
de um navio, Renfield já se tornou um completo louco.
A história realmente começa quando Drácula entra em contato com a família do dr.
Steward, dono do hospital psiquiátrico para onde Renfield é mandado. A filha do
médico, Mina, torna-se objeto de obsessão de Drácula. Um colega do dr. Steward,
o dr. Van Helsing, acaba percebendo que Drácula não é uma pessoa normal, aliás,
nem uma pessoa, simplesmente porque não tem reflexo.
Conforme era costume na época, foi filmada também uma versão em espanhol, usando
os mesmos cenários mas atores diferentes. Ao contrário de outros filmes, a
versão espanhola de “Drácula” foi preservada e já saiu em DVD, inclusive, como
parte do box “Classic Monster Collection” da Universal Pictures, que também
inclui “Frankenstein”, “O Corcunda de Notre Dame”, “O Fantasma da Ópera” e
muitos outros.
O “Drácula” de 1931 é só a primeira adaptação oficial do livro de Stoker. O
cineasta expressionista alemão F. W. Murnau já havia feito “Nosferatu” em 1922,
só que sem autorização de Stoker. Com isso, o filme sumiu dos cinemas e de
qualquer outro tipo de mídia, graças à luta da viúva de Stoker pelos direitos
autorais. “Nosferatu” está, hoje, em domínio público. O Filme foi,
para mim, o primeiro "Drácula" da história. Apesar do roteiro ser muito fraco,
Bela Lugosi faz uma grande atuação.
A VERDADEIRA HISTÓRIA DE
DRÁCULA:
AVALIAÇÃO: 3,8
Filmado nas
históricas locações da Transilvânia na Romênia, este filme com espetaculares
cenas de combate nos apresenta a verdadeira história de Vlad Dracula (Rudolf
Martin), filho do Príncipe Vlad que através da famosa obra de Bram Stoker, ficou
conhecido como Drácula, um vampiro sugador de sangue condenado a viver nas
trevas e à vida eterna que temia espelhos e abominava religiões. Vlad foi um
guerreiro que lutava para trazer a paz e a justiça a sua conturbada terra natal
onde reinava a superstição e o medo. Alguns o viam como herói, outros como um
monstro, o próprio anti-cristo. Fazendo justiça com as próprias mãos, ele matava
brutalmente seus inimigos enquanto Lidia (Jane March), seu grande amor, era
assombrada pelos gritos das pessoas por ele assassinadas. Esta é uma história
assustadora de sangue, terror, justiça e amor eterno, a verdadeira história. O
filme foi lançado no ano de 2000.
Particularmente eu gostei e muito, não tinha conhecido uma bordagem tão realista
sobre o personagem como neste filme. A produção também foi bem bacana, e dá para
entender vários dos mitos criados em torno de vampiros, pois foram retirados dos
acontecimentos na vida deste Homem.
Certa vez vi uma reportagem no programa "Fantástico" da Rede Globo mostrando a
região que era governada pelo Vlad e até hoje lá o pessoal é muito grato a todos
seus feitos, sendo equiparado com Jesus para os católicos romanos. Fica aí a
dica de um bom filme para background de aventuras.
DEIXE-ME ENTRAR:
AVALIAÇÃO: 4,2

Para quem não viu o sueco
Deixe Ela Entrar (2008), esta é uma boa oportunidade de assistir nas telonas a
história de amor de Owen e Abby (no original, Oskar e Eli), um garoto de 12 anos
e uma menina-vampira, que tem 12 há muito tempo... Apesar das recorrentes cenas
de violência, o inocente romance entre as crianças é sensível e delicado,
oferecendo um contraponto mais leve e deixando em segundo plano a trama de
transformações vampirescas, assassinatos e investigação policial. O roteiro
também aborda um tema importante de ser debatido, o bullying. Owen (Kodi
Smit-McPhee, de A Estrada) é um garoto solitário, que sofre com a separação dos
pais e a violência física e psicológica imposta por um grupo de rapazes
valentões de sua escola. Quando Abby (Chloë Grace Moretz, a Hit-Girl de Kick Ass)
se muda para o apartamento vizinho, uma, aparentemente, impossível aproximação
entre eles se inicia, não só pela solidão de ambos, mas, principalmente, pela
fragilidade de Owen, que inspira os cuidados de Abby. A forma como ela justifica
o fato de não poder ser sua amiga gera belos momentos, inclusive com
intervenções cômicas que quebram a tensão do suspense e fazem o espectador
relaxar um pouco.
Chloë Moretz tem ótima atuação, misturando a agressividade da Hit-Girl, com uma
delicadeza dramática impecável, formando um belo par com Kodi Smit. Richard
Jenkins também merece destaque, em um papel importante e que poderia ser melhor
aproveitado, visto a densidade do conflito de seu personagem, tendo seu grau de
parentesco com Abby revelado em uma cena crucial para a trama, porém sutil e que
precisa ser vista com atenção. A parte técnica de Deixe-me Entrar é competente,
mas nem um pouco original, já que tem como base o recente Låt Den Rätte Komma In
(no original).
Remakes nunca são unanimidade e precisam ser analisados a partir de sua
motivação. O fato de ser uma homenagem a um grande cineasta, um exercício de
linguagem cinematográfica ou, simplesmente, a oportunidade comercial de se
aproveitar uma obra alternativa com potencial para ser vendida como um produto
da indústria cultural, com único e exclusivo interesse de gerar lucro, e não de
inovar artisticamente, tem peso determinante na qualidade de reconstrução
técnica e renovação artística da obra. Se ainda formos contar que o povo
norteamericano, em sua maioria, é conhecido por ter preguiça de ler legendas,
ainda se soma este fator ao resultado final da adaptação ou remake.
No caso de Deixe-me Entrar, lançado apenas dois anos após o longa original, o
fator predominante na motivação de sua produção, obviamente, não é uma homenagem
e nem um exercício de linguagem. Mas, em todo caso, é um filme que, além de
contar com ótimas atuações e ser tecnicamente muito bem realizado, tem a
possibilidade de atingir um público mais acostumado à Saga Crepúsculo, que terá
oportunidade de conhecer um universo vampiresco realmente denso, de qualidade
técnica mais refinada, e com uma história mais profunda, mesmo sendo
protagonizada por duas crianças, que vivem uma espécie de Romeu e Julieta
vampiresco, pela impossibilidade de se entregarem a um amor infantil e inocente,
porém verdadeiro e perigos.
CRIADOR DE DRÁCULA
MORREU EM 20 DE ABRIL DE 1912 E 115 ANOS DO LIVRO "DRÁCULA"
Érico Borgo
20 de Abril de 2012

O irlandês Abraham "Bram" Stoker nasceu em 8 de novembro de 1847, em Dublin, e
faleceu em Londres, no dia 20 de abril de 1912 - exatos 100 anos atrás.
Ironicamente, Stoker formou-se em matemática, mas foi nas letras que deixou sua
marca imortal: em 1897, aos 50 anos, escreveu o romance Drácula, que estabeleceu
toda uma mitologia, a dos vampiros.
Uma das mais famosas histórias de terror de todos os tempos, Drácula foi baseado
em um personagem real, o rei Vlad, o Empalador, da Transilvânia (região da
Hungria que hoje pertence à Romênia). No livro, Jonathan Harker, um corretor de
imóveis vai à região a pedido de um excêntrico conde local. Drácula, que deseja
adquirir propriedades em Londres. As intenções de Drácula, porém, são muito mais
nefastas - e não tarda para que Harker perceba que é prisioneiro de uma criatura
que desafia a compreensão.
Ainda que Stoker não tenha efetivamente criado os vampiros - tais criaturas
fazem parte do folclore do leste europeu e já haviam sido registradas em
romances e poemas diversos antes -, foi Drácula que popularizou o mito através
do ocidente, despertando o fascínio dos leitores por tais monstros. Mais do que
detalhar os hábitos e poderes dos mortos-vivos sedentos por sangue, o escritor
capturou em sua obra os medos e anseios da Era Vitoriana (a relação entre sexo,
sangue e perigo espelhava o pavor por doenças como a sífilis, algo que ainda
hoje faz enorme sentido - daí a popularidade imortal desses seres), dando à obra
a relevância que se encontra em toda grande ficção.
Curiosamente, o cinema demorou a adaptar Drácula. Antes do conhecido filme da
Universal Pictures de 1931, de Tod Browning, com Bela Lugosi e Dwight Frye, o
estúdio alemão Kino International - que não conseguiu os direitos sobre a obra -
fez algumas alterações na história e em seus personagens. O resultado foi
Nosferatu (1922), do expressionista alemão F.W. Murnau. Para evitar um processo,
o Conde Drácula tornou-se o Conde Orlok (Max Schreck), mais monstruoso que o
garboso e sedutor personagem criado por Stoker, com incisivos agudos e
protuberantes, olhos penetrantes, orelhas pontudas e mãos como garras. A trama,
porém, era basicamente a mesma, em que um vendedor deixa sua noiva para trás
para viajar à costa do Mar Báltico, onde pretende comercializar o castelo
habitado pelo misterioso Conde Orlock - que de dia dorme em seu caixão e à noite
desperta sedento de sangue humano. O vampiro teve inúmeras aparições nas telas e
na literatura depois (incluindo aí os games e quadrinhos) - e ainda é lembrado
por muitos na interpretação de Christopher Lee, que o viveu oito vezes.
O sucesso de Drácula, 100 anos depois, ainda faz-se sentir em toda a cultura
pop. Enquanto vampiros vão do sedutor (A Hora do Espanto), ao aristocrata
organizado (Blade, Anjos da Noite) ao absolutamente selvagem e visceral (30 Dias
de Noite), passando pelo reformulado emotivo (A Saga Crepúsculo - em que o
perigo do sangue/sexo é levado às últimas consequências, tomando como única
solução a virgindade), todos ainda prestam reverência ao maior deles na
literatura, o Conde Drácula. Não importa se brilhem, sejam imundos, ferozes ou
nobres, os vampiros devem tudo o que são a Bram Stoker.Sir
Arthur Conan Doyle criador de Sherlock Holmes escreveu a Stoker em uma carta:"
Eu escrevo para lhe dizer o quanto eu gostei de ler Drácula.Eu acho que é a
melhor história de horror, que eu li em muitos anos "
"EU SOU A LENDA" É ELEITO O MELHOR LIVRO VAMPIROS DO SÉCULO 20:

O EXCELENTE ESCRITOR
RICHARD MATHESON
O livro "Eu
Sou a Lenda", de Richard Matheson, desbancou a saga "Crepúsculo" e o livro
"Entrevista com o Vampiro" , de Anne Rice, e foi eleito o melhor romance sobre
vampiros do século.
A votação foi organizada pela Horror Writers Association para marcar o
centenário da morte de Bram Stoker, autor de "Drácula". O júri, liderado pela
especialista em "Drácula" Leslie Klinger, escolheu a obra de Matheson como a
melhor.
Segundo o jornal britânico "Guardian", o autor, de 86 anos, não pode comparecer
à cerimônia de premiação em Salt Lake City, nos Estados Unidos, por estar
doente. Ele mandou, porém, um vídeo agradecendo o prêmio. Na mensagem, Matheson
disse que sua obra foi inspirada em "Drácula".
"Quando era adolescente, assisti ao filme 'Drácula', com Bela Lugosi, e pensei
que se um vampiro dá medo, o que seria de um mundo cheio de vampiros?", disse.
Ele acrescentou que lia a obra de Stoker à noite, no banheiro, quando estava no
Exército.
COMO SEMPRE, DRÁCULA ESTÁ
COM
SUAS MULHERES:

UM TRIBUTO
AO GRANDE LESLIE NIELSEN:

A HORA DO ESPANTO 1985:
AVALIAÇÃO: 3,9
O Para o jovem Charley
Webster (William Ragsdale) nada poderia ser melhor que um velho filme de terror
bem tarde da noite. Assim, quando novos moradores ocupam a casa vizinha a
experiência de Charley não deixa nenhuma dúvida de que o comportamento estranho
dos novos vizinhosé explicado pelo fato de eles serem vampiros. Charley pede
ajuda a Peter Vincent (Roddy McDowell), o apresentador do programa de terror
preferido de Charley, mas acontece que Peter, além de covarde, não acredita em
vampiros e está neste negócio apenas por dinheiro. Além disto, ele está correndo
o risco de passar por louco ao dizer que seus vizinhos são vampiros e, para
piorar tudo de vez, a mãe de Charley faz algo que deixa o filho apavorado: ela
fica encantada com Jerry Dandrige (Chris Sarandon), um dos vampiros, e o convida
para entrar na casa dela.
A HORA DO ESPANTO 2011:
AVALIAÇÃO: 3,8
Primeiro,
vamos colocar os pingos nos is. Ao contrário do que muitos andam dizendo por aí,
o primeiro A hora do espanto, lançado em 1985, não era um bom filme. Aliás, era
até bem bobinho, uma comédia de trapalhadas que não acrescentava muito à invasão
que o cinema de terror vinha sofrendo pelo humor. Até parece que todo filme com
mais de 25 anos vira clássico e cult, principalmente quando é convidado. E é aí
que mora o problema com o novo A hora do espanto. Ele consegue ser pior que o
original. A história do adolescente que, ao mesmo tempo em que descobre o mundo,
começa a suspeitar que seu vizinho é um perigoso vampiro até tem seus méritos; o
problema é que ainda não encontraram o jeito certo de contá-la.
O principal problema da versão 2011 de A hora do espanto é que seu diretor Craig
Gillespie, se leva a sério – algo simplesmente catastrófico para um filme que
pretende ser uma comédia de terror. Fora do humor, as peripécias do filme não
têm sentido. E dentro dele, elas são raras. Os poucos momentos de valor neste A
hora do espanto, sintomaticamente, ocorrem quando ele descola de seu antecessor
em termos de roteiro, e assume a artificialidade de sua trama, expõe seu absurdo
– o que resulta em momentos muito divertidos, como na perseguição pela estrada
no meio do deserto.
Mesmo com suas deficiências, o novo A hora do espanto, no confronto com o filme
que lhe deu origem, pode conduzir a uma reflexão útil, a respeito das
possibilidades dos intérpretes no cinema. Na versão de 1985, o vampirão Jerry
era interpretado por Chris Sarandon (sim, o sobrenome dela é por causa dele, é o
ex-marido menos talentoso de Susan Sarandon), ator de poucos recursos, muito
carisma e, na época, um bocado de beleza de acordo com os padrões da moda, e de
sensualidade. Na versão 2011, quem veste a pele do vilão é Colin Farrell – bem
melhor como intérprete, igualmente belo e sensual, mas inferior no quesito
carisma. Sarandon, praticamente sem se esforçar para interpretar, construía a
ambiguidade bissexual de sua personagem (nunca tínhamos certeza se ele estava
interessado no herói Charley Brewster ou em sua namoradinha-delicinha Amanda).
Farrell, por sua vez, tenta interpretar, e o resultado é uma criação apagada,
que em vez de ambiguidade nos mostra apenas uma espécie de ausência de
contornos, definições.
Sintomaticamente, seu Jerry só cresce mais para o final da película. Exatamente
quando precisamos cada vez menos do intérprete e mais dos efeitos visuais ou da
maquiagem. O jogo entre o carisma de Chris Sarandon e a estrutura proposta por
Tom Holland construía o melhor do humor do primeiro A hora do espanto. A
incompatibilidade entre a interpretação sofisticada de Colin Farrell, a
inconsistência do papel e a linguagem de Craig Gillespie, mais apoiada no efeito
que na continuidade de algo essencial, ajuda a matar a nova versão.
VLAD TEPES: O VERDADEIRO DRÁCULA:

Para falar de Drácula, o
verdadeiro, vamos saber um pouco sobre o seu passado, principalmente sobre seu
pai, Vlad Dracul. O verdadeiro Drácula, era um príncipe que viveu na Valáquia,
chamado Vlad Draculea. Ele nasceu por volta do ano de 1431, na Transilvânia, na
cidade de Sighisoara, Romênia (Schassburg, em alemão). Esta cidade está
localizada a cerca de 40 quilômetros ao sul de Bistrita. A casa em que ele morou
é identificada por uma placa, que identifica que seu pai, Dracul, morou ali de
1431 a 1435.
A mãe de Drácula, princesa Cneajna, da dinastia Musatin da Moldávia (cidade
vizinha), criou o jovem Drácula com o auxílio de suas damas de companhia, dentro
de casa. O pai de Drácula tinha uma amante de nome Caltuna, que teve um filho
também chamado Vlad. Esta mulher, posteriormente ingressou num mosteiro, onde
adotou o nome de Eupráxia. Este irmão de Vlad, ficou conhecido mais tarde como
VLAD, O MONGE, por ter seguido a carreira religiosa. Naquela época, todos os
filhos de um rei eram considerados legítimos, independente da mulher que os
tinha.
Agora vejamos um pouco sobre o pai de Vlad, Vlad Dracul.
Vlad exercia sua autoridade sobre todas as cidades alemãs da região e defendia a
Transilvânia de ataques dos turcos. Tal autoridade era recebida do sacro
imperador romano Sigismundo de Luxemburgo (educado em Nuremberg por monges
católicos). A sua influência política tornou-se mais forte quando em 1431,
lançou sua investida como Príncipe da Valáquia e entrou para a Ordem do Dragão,
uma fraternidade secreta militar e religiosa, cujo objetivo era proteger a
igreja católica contra heresias, criada pelo imperador Sigismundo e sua segunda
esposa, Bárbara Von Cilli. Outro objetivo da Ordem, era organizar uma cruzada
contra os turcos, que haviam invadido a Península dos Balcãs.
Porém, em um certo período, o lado político de Vlad percebeu que toda a política
estava pendendo para o lado do sultão turco Murad II. Sendo assim,
traiçoeiramente, assinou um acordo com o sultão turco, contra aqueles ao lado de
quem havia lutado: Sigismundo e todos os seus sucessores. Várias vezes, Vlad
acompanhou o sultão em ataques por toda a Transilvânia, contra os seus
compatriotas transilvanos.
O sultão, sempre desconfiado, armou uma emboscada para Vlad e seus filhos. Vlad
foi preso, acusado de deslealdade. Para salvar seu pescoço, o que fez? Deixou na
cidade turca como reféns, seus dois filhos: Vlad e Radu. Isso ocorreu em 1442.
Os dois meninos ficaram sob prisão domiciliar no palácio do sultão.
Aí é que podemos falar mais sobre Drácula.
Esses anos de cativeiro, foram fundamentais na formação do seu caráter. Drácula
passou a desprezar a vida e ter uma baixa estima pela natureza humana. Sabendo
que ao menor deslize de seu pai, sua vida lhe seria simplesmente tirada, Drácula
aprendeu cedo que em política, a moral é algo totalmente inútil. Aprendeu a
língua Turca (a qual sabia como um nativo) e foi aproximado dos prazeres do
harém do sultão (já que seu cativeiro não era algo tão restrito assim). Porém, é
relatado pelos seus captores que desenvolveu uma reputação de trapaceiro e
ardiloso, insubordinando e bruto, inspirando medo aos seus próprios guarda.
Em seu interior, Vlad gravou dois pontos importantes, que se tornaram linhas a
serem sempre seguidas: nunca confiar em homem nenhum novamente e a sua sede de
vingança. Já seu irmão Radu, de personalidade mais fraca, foi totalmente
cativado pelos turcos, tornando-se um aliado em potencial de Murad II.
O pai de Drácula, faleceu em 1447, vítima de uma emboscada por João Hunyadi. O
irmão de Drácula, Mircea, foi cegado com ferro em brasa e queimado vivo. Esses
dois fatos também fortificaram a sede de vingança de Drácula que fugiu da corte
turca em 1448 e após uma tentativa frustrada de tomar o trono Valáquio, fugiu
para a Moldávia, governada pelo príncipe Bogdan, cujo filho, Estevão, era primo
de Drácula.
Ali, Drácula ficou exilado até 1451, até Bogdan ser brutalmente assassinado.
Sendo assim, Vlad, sem alternativas, apresentou-se a João Hunyadi, na
Transilvânia. Por interesses políticos mútuos, Drácula e Hunyad se aproximaram
de modo que Hunyad foi o último tutor de Drácula. Com ele, Drácula aprendeu
muito sobre estratégia antiturca, pois participou de muitas campanhas contra os
turcos em regiões que hoje conhecemos por Iugoslávia.
Outra cidade ligada ao nome de Drácula, é Brasov (Kronstadt para os alemães).
Dizem que foi em suas colunas que as vítimas de Vlad eram empaladas e deixadas
morrerem e apodrecerem ao sol.
Conta-se que em uma destas colinas, Drácula jantou e tomou vinho entre seus
cadáveres. Há também uma narrativa russa que fala de um boiardo, que veio para
uma festa em Brasov e não aguentando o cheiro do sangue coagulado, fechou suas
narinas com os dedos, num gesto de repulsa. Drácula mandou que fosse trazida uma
estaca e a exibiu ao visitante dizendo: "Fica ali, bem afastado, onde o mau
cheiro não vai incomodar-te". E mandou empalar o boiardo.
É difícil estabelecer estatísticas sobre aquela época, mas segundo relatos
alemães, parece que em um de seus saques, quando matou um de seus rivais e
empalou TODOS os habitantes da cidade de Amlas, Drácula matou cerca de vinte mil
pessoas, entre mulheres, homens, crianças. Isso significa que morreram mais
pessoas do que na conhecida NOITE DE SÃO BARTOLOMEU em Paris, um século mais
tarde, quando Catarina de Medicis ordenou o massacre dos protestantes na festa
de casamento de sua filha Margot com Henrique de Navarra.
Porém, no folclore romeno, Drácula não é considerado totalmente um vilão, ao
contrário das tradições alemãs, turcas e algumas russas. Na Valáquia, Vlad é
homenageado em baladas populares e lendas camponesas, principalmente nos
vilarejos das montanhas que cercam o próprio castelo de Drácula, região onde ele
é mais lembrado. Apesar das distorções que ocorrem pelo passar do tempo e a
transliteração dos fatos, Vlad é realmente parte importante na reconstrução do
passado. Os camponeses se orgulhavam dos feitos militares de Drácula, não
importando os métodos por ele utilizados para tanto. O fato dele ter lutado para
expulsar os "não-cristãos" parecem aliviar sua culpa pelos empalamentos dos
compatriotas.
O que significa Draculya ou Drácula?
Resposta – Shirlei Massapust do grupo Vampirevich (yahoogrupos) - 27 de novembro
de 2000
O sulfixo "a" em romeno/valáquio num nome ou título designa filiação. "Draculya"
quer dizer literalmente "Filho de Dracul".
Isso porque o pai de Drácula, Vlad Dracul ingressou na ordem dos cavaleiros
Draconis, criada pelo rei Sigismundo e sua mulher Barbara de Cilly. No caso, o
alemão "Draconis" ou o valáquio "Dracul" significa "Dragão" que no caso, de
acordo com a iconografia da época, é sinônimo de Leviatã.
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